Argemiro de Toledo Filho, de 99 anos, é o único 'pracinha' da Força Expedicionária Brasileira (FEB) ainda vivo em Itapetininga (SP). Segundo a família, ele falsificou a Carteira de Identidade quando tinha 16 anos para participar dos confrontos da 2ª Guerra Mundial.
O Dia Nacional do Ex-combatente é comemorado nesta segunda-feira (2) e, para falar sobre a data, a história de um morador de Itapetininga (SP) que falsificou a Carteira de Identidade para participar dos confrontos da 2ª Guerra Mundial.
Argemiro de Toledo Filho, de 99 anos, é o único "pracinha" da Força Expedicionária Brasileira (FEB) ainda vivo da cidade.
A história de um morador de Itapetininga (SP) que falsificou a Carteira de Identidade para participar dos confrontos da 2ª Guerra Mundial.
Argemiro de Toledo Filho, de 99 anos, é o único "pracinha" da Força Expedicionária Brasileira (FEB) ainda vivo da cidade.
Segundo a FEB, no ano de 1941, o ex-combatente entrou no Exército Brasileiro e integrou o 1º Regimento de Infantaria, do "Regimento “Sampaio” , onde seguiu destino para o campo de operações na Itália, ao lado de mais 33 cidadãos Itapetininganos.
Na luta pela liberdade e democracia, entre os anos de 1943 e 1945, o Argemiro participou dos confrontos de Collecchio, Fornovo Di Taro, Tomada de Monte Castelo e da rendição dos nazistas.
Após retornar ao Brasil, o ex-soldado foi condecorado com a Medalha de Campanha e reformado no posto de segundo-tenente do Exército Brasileiro. Além disso, recebeu a Medalha Heróis do Brasil e a Medalha da Vitória, do Ministério da Defesa, no ano de 2015.
"Ele não gostava de falar dos confrontos. Dizia que guerra é a coisa mais absurda do mundo. Só depois que a minha avó faleceu que ele começou a se abrir mais. Disse que sentia culpa pelas vítimas, mesmo sabendo que era questão de sobrevivência. Nessa época, meu avô começou a se confessar na igreja", conta Luciana.
A neta do ex-soldado contou que o maior desejo de Argemiro é presenciar a inauguração de museu dos ex-combatentes de Itapetininga.
Aos 99 anos, conforme o registro oficial, Argemiro alterna entre sanidade e demência. Por conta dos lapsos e das crises nervosas, ele está internado em uma casa de repouso.
Atualmente, parte do arsenal de medalhas, fotos e arquivos dos "pracinhas" foram doados pelas famílias ao Tiro de Guerra na cidade, que possui um espaço histórico.
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"As famílias estão em contato com a prefeitura para montar um espaço em homenagem aos ex-combatentes. É como se o esforço deles e dedicação ganhasse o reconhecimento necessário", revelou a neta de Argemiro.
Fonte: G1 - Itapetiniga