De acordo com a SSP, adolescentes teriam utilizado Inteligência Artificial para montar as imagens de colegas em Itararé (SP). Número de vítimas subiu para 40 e inclui professora.
A Polícia Civil apreendeu celulares de pelo mesmo sete adolescentes investigados por criar falsos nudes de colegas de escola em Itararé, no interior de São Paulo. O número de vítimas subiu de 20 para 40, e inclui uma professora.
O caso ganhou repercussão no início deste mês, quando muitos pais e responsáveis compareceram até a delegacia para prestar depoimento, alegando que suas filhas teriam sido vítimas da criação de falsas imagens que estariam circulando na internet.
As imagens foram criadas com inteligência artificial, técnica chamada de deepfake. De acordo com o delegado responsável pelo caso, foram feitas por pelo menos sete adolescentes que são investigados pela polícia. Ainda segundo o delegado, os celulares dos suspeitos já foram apreendidos e estão passando por perícia para identificar novas vítimas ou outros envolvidos.
Diversos vídeos e fotos teriam sido publicados pelos jovens na internet, nos quais, suspostamente, os adolescentes utilizaram imagens do rosto das vítimas para elaborar cenas fictícias de cunho sexual por meio da IA.
Conforme a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o caso é investigado como simular participação de criança ou adolescente em cena de sexo e produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio.
Qual é o perfil das vítimas?
Segundo a Polícia Civil, a maioria das vítimas são adolescentes, mulheres e estudantes de uma escola estadual, a mesma onde os investigados frequentam.
São 40 mulheres e, destas, quatro são adultas, inclusive, uma é professora dos estudantes. As outras seriam jovens de 18 anos. Das 36 vítimas que são menores de idade, seis não estudam na mesma escola. Mas, têm ligação com o grupo de alunos.
O que diz a Seduc
Em nota, a Diretoria de Ensino de Itararé informou que a direção da Escola Estadual Dr. Epaminondas Ferreira Lobo convocou os responsáveis por todos os envolvidos. Além disso, foi registrado um boletim de ocorrência e o Conselho Tutelar foi acionado.
Conforme a Seduc, os suspeitos fizeram atividades remotas por meio do Centro de Mídias (CMSP) na semana do ocorrido, porém, já retornaram à escola nesta segunda-feira (7).
Um profissional do Programa Psicólogos nas Escolas está à disposição das estudantes que foram vítimas da deepfake e a Diretoria de Ensino de Itararé e a equipe de gestão da escola ainda informam que estão à disposição da comunidade escolar para mais esclarecimentos.
Por g1 Itapetininga e Região