Quando cheguei à região, por intermédio de um amigo comum, conheci o Nenê, o Nenê do Jornal. Eu sempre tive muita vontade de trabalhar na imprensa escrita, de divulgar minhas ideias, mas sempre me faltaram oportunidades. No entanto, o Nenê estava lá...
No dia em que nos acertamos, ele falou dos filhos, da esposa, do jornal, chorou muito ao falar do susto que tinha levado com o aneurisma que havia descoberto há algum tempo e que o forçara a “mudar de vida”. Queria que eu conhecesse a chácara, os pés de jabuticaba. Parecia que nos conhecíamos há tempos...
Desde então, venho colaborando no jornal. O espaço que me cedem é absolutamente generoso. Principalmente, se levar em consideração a inexperiência de quem escreve. Mas acho que, neste caso, como em tantos outros, o coração falou mais alto...
Quis a vida que eu não estivesse próximo quando o Nenê partiu. Ficaram as minhas orações e a minha gratidão. Fica, principalmente, a força da Eliana, que já está tocando o barco com maestria. Fica o nosso desejo de que a dor logo se converta numa boa saudade.