Morreu no último sábado, 3 de outubro, o saudoso empresário Luiz Roberto Corrêa, popularmente conhecido por “Nenê Bule”.
Ele que tinha 62 anos de idade, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico no domingo, 27 de setembro, tendo passado por processo cirúrgico, mas após quase uma semana acabou não resistindo.
Sua partida precoce chocou a todos, sendo amigos, familiares e comunidade local, pois era uma pessoa muito querida e conhecida em Fartura e região.
A família agradece ao médico Dr. Rui Colanzi pelo atendimento, médicos e funcionários do Hospital das Clínicas (Unesp) de Botucatu, ao prefeito da cidade de Avaré, Jô Silvestre, por disponibilizar uma UTI Móvel para transportar o Nenê até Rubião Junior, o apoio e carinho de todos neste momento e comunica que vai continuar com o jornal, pois com certeza essa seria a vontade de “Nenê Bule”.
HOMENAGEM
É meu amigo corintiano, eu estava acostumado com suas brincadeiras diárias, mas essa me pegou de “calça curta”.
Está sendo difícil todo dia chegar ao jornal e não ter aquela pessoa chegando em minha sala e falando sempre as mesmas duas frases: “A culpa é do Renan” e “Que horas vai ser o filme de terror do Palmeiras essa noite”?
Sempre que o Palmeiras perdia, eu já me preparava psicologicamente para aguentar suas brincadeiras, mas como você mesmo dizia: Brinca comigo, pois nunca discutíamos, era sempre na base da diversão.
E nesses seis anos de convívio posso dizer que aprendi muito com você, tanto em questões de trabalho, como afeto, carinho e amizade, pois nossas conversas tinham assuntos diversos.
E eu acho engraçado, que toda vez que a porta da redação abre e eu ouço passos no assoalho, intrinsicamente eu associo a você, parece que está chegando e vai vir na minha sala para me perguntar algo ou apenas contar um ocorrido. Mas, infelizmente isso não é mais possível.
Um abraço meu amigo e espalhe esse seu largo e contagioso sorriso aí no Paraíso!
Sim, ainda me refiro a você no presente, pois pra mim você não se foi, você está aqui com a gente. (Renan Bertoni Soares – funcionário e amigo)
De repente, um adeus...
A única certeza que temos na vida é a morte, porém não nos acostumamos com ela. É difícil nosso coração aceitar que existe um último sopro de vida de quem amamos. Como acreditar que nossos olhos não mais pousarão naquele ser tão querido? Como acreditar que nunca mais sentiremos aquele abraço afetuoso ou mesmo um simples aperto de mão, daquele que se foi para sempre? Como acreditar que tantos sonhos, tantos planos, de repente deixam de existir porque quem os abrigava não está mais aqui?
A vida é cheia de momentos inesperados e nos surpreende a cada dia. Como acreditar que, voando em um céu azul, sob um sol reluzente, apareçam, de súbito, nuvens negras que trazem em seu bojo a tempestade terrível e amendrontadora, com raios que cortam o coração? É desolador, mas as tormentas sempre existirão, faz parte da vida, dos planos de Deus. Como encontrar-se com o Divino, sem a presença da morte? Ela é a ponte por onde atravessamos de um plano para outro. Deus fez a vida finita para que possamos, um dia, entrar em Seu Reino. E esse dia chegou para o nosso querido Luiz Roberto Corrêa ou simplesmente Nenê /Bule. De repente, Deus lhe deu asas, Nenê e você voou para o lado Dele. Deixou aqui muita dor, traduzida em cada lágrima, em cada lamento! Você deixou a matéria e foi viver em espírito! Você continua vivo, pois a alma não morre!
A dor, aos poucos se transformará em uma imensa saudade e essa será eterna em nós. Nenê, de onde você estiver, saiba que nosso amor é tão eterno quanto a sua existência agora transmutada! Cada orquídea que olharmos, seu sorriso lá estará, a lembrar sua paixão por elas.
Estamos recolhidos na dor, porém confiantes de que sua alma está sob a Luz Divina. Que tenhamos a compreensão de que tudo o que aconteceu estava nos planos de Deus. E que Deus nos dê o conforto e a sabedoria em reconhecer que você está bem!
Deixou esse mundo de dores e agora está na Paz do Senhor! É o nosso consolo! E que assim seja, meu querido!
Até um dia, Nenê!
Eunice Franco
Homenagem de seus familiares da cidade de Rio Claro
Mostraremos sua foto e contaremos sua história
Ele nunca teve vida fácil. Desde pequeno, teve que lutar muito para ter o que queria. Trabalhou bastante desde jovem, ajudando seu pai no sítio. Aos 18 anos saiu para a “luta”, passando por alguns empregos. Casou-se cedo e teve dois filhos.
Há aproximadamente vinte anos, assumiu, junto com sua esposa, Eliana, a direção do Jornal Sudoeste do Estado. Destemido e obstinado, Nenê, como era conhecido, era incansável, percorria todas as cidades da região, fazendo contatos e quando se via, já estava em São Paulo sozinho ou levando vereadores e prefeitos para fazerem contatos com deputados e governador, visando sempre trazer recursos para a região e se preocupando também com a notícia a ser veiculada.
Como disse, nunca teve vida fácil, mas enfrentou os desafios, sempre com um objetivo pessoal muito bem expressado: dar estudo para os seus dois filhos, Paulo e Lucas. Combateu o bom combate, venceu!!! Hoje seus dois filhos têm curso superior e caminham com as próprias pernas e ele não escondia este orgulho e tinha o prazer de propagar isto aos seus amigos e clientes.
Há três anos, veio o seu maior presente: O nascimento do seu neto Mateus. Se desmanchava quando podia ficar com o neto e não se aguentando de felicidade, adorava exibir a foto do netinho a todos.
Nenê adorava reunir sua família, sempre recebia a todos com alegria e descontração. Nunca aceitou que ia morrer cedo, falava que ir durar 110 anos.
Era a hora de aproveitar mais a vida, diminuir a correria e sossegar, talvez estivesse pensando assim. Talvez não.
A sua ida, tem hora, que nos causa revolta e tentamos encontrar explicação e a razão de nos deixar tão cedo. Não era hora ainda...
Mas, a vida e os desígnios de Deus são um mistério. Muito difícil de entender esta despedida tão prematura.
Talvez, será que seu tempo na terra seria menor e Deus, reconhecendo sua missão e sua luta, deu-lhe mais tempo de completa-la? Se for assim, ao invés de revoltarmos, teríamos que agradecer. Deus é maior.
Enfim, ninguém morre se não deixarmos. Ele continuará vivo no amor de sua esposa, no exemplo dos seus filhos e na graça do seu neto.
Por isto, nós, familiares, manteremos viva a sua memória e sua obra e mostraremos, com orgulho, sua foto e contaremos a sua história.
Vá em paz, guerreiro!!!
Homenagem das famílias Mazza e Corrêa