Com o advento da Pandemia do Coronavirus, muitas coisas novas já surgiram, dentre as quais a palavra “Reinventar”. Reinventar nada mais é do que atualizar, modernizar, aparar arestas, enfim fazer com que o produto final da nossa Empresa custe o mais barato possível.
No tema que propomos, Reinventar a produção leiteira significa fazer com que o custo de um litro de leite produzido tenha o menor custo para o produtor, dentro do empreendimento dele. Todos os custos do processo de produção devem ser readequados, mas sempre visando o produto final, que gera os recursos para a manutenção do nosso negócio. Nem sempre baixar o custo do litro de leite produzido significa diminuir os investimentos, dispensar funcionários, economizar milho, farelo de soja, algodão, silagem, volumosos, núcleos ou premix, etc. Muitas vezes, para se diminuir o custo do litro de leite produzido na fazenda, temos que investir um pouco mais no animal, oferecendo uma dieta cuja composição permita que seja explorado totalmente o seu potencial leiteiro. Explorar a capacidade produtiva da vaca em sua totalidade, com dietas bem balanceadas, utilizando as tecnologias de alimentação correta, certamente vai haver uma diminuição do custo do leite produzido, quando em relação aos que não utilizam um sistema tecnificado.
Apresentaremos, a seguir, um exemplo real.
Uma vaca girolanda, de 480 kg de peso vivo, sendo tratada com uma dieta de silagem de milho, milho moído, farelo de soja, farelo de algodão, ureia pecuária, probióticos específicos, enzimas digestivas, Núcleos vitamínico-minerais, produzindo 25 kg de leite com 3,8% de gordura por dia, na terceira lactação, com 90 dias de parida e com ganho diário de 0,050 kg, necessita a seguinte quantidade de nutrientes por dia:
Matéria seca; 17,734 kg; Proteína degradável no rumem = 2.162 kg; Proteína não degradável no rumem = 1.050 kg; Nutrientes Digestíveis Totais (NDT) 13,206 kg; Macro minerais: cálcio 103 g, fósforo 66 g; magnésio 44 g; potássio 180 g; enxofre 36 g. Micro minerais: zinco 710 g; cobre 177 g; manganês 710 g; iodo 11 g; cobalto 2 g; sódio 33 g; (84 g de sal branco); ferro 880 g. (não é necessário administrar a totalidade do ferro, um vez que a silagem de milho é rica neste micro mineral); 37 UI de Vitamina A; 14 UI de Vitamina D3 e 385 UI de Vitamina E; 100 g de enzimas e 7X10E7 UFC de probióticos.
Quando todos estes nutrientes são fornecidos nas quantidades exatas para o consumo de um dia, (isto chamamos dieta balanceada), este animal vai produzir os 25 kg de leite e ganhar 0,050 kg de peso vivo sem nenhum problema. Se alguns destes nutrientes forem oferecidos em dosagens inferiores, sendo eles limitantes, o animal vai produzir menos. Em situações em que alguns dos nutrientes relacionados forem fornecidos em quantidades superiores ao limite máximo, também haverá prejuízos para a produção, pois nutrientes em excesso de forma desbalanceada, proporciona quelação (aglomeração) dentro do trato digestivo do animal, tornando outros nutrientes indisponíveis. Em qualquer um dos casos o animal diminui a produção e consequentemente o custo do produto final torna-se mais elevado.
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