Jovem de 14 anos foi morta por colega quando voltava para casa, que fica a duas quadras da escola, em Júlio Mesquita (SP). Aulas no colégio da rede estadual foram suspensas até segunda-feira (29).
O pai da adolescente Lídia Hadassa de Lima, de 14 anos, que foi morta a facadas quando voltava para casa depois da aula, em Júlio Mesquita (SP), na tarde de terça-feira (23), diz que chegou a socorrer a filha.
José Carlos de Lima contou que voltava para o trabalho quando foi avisado que a menina estava ferida e caída na rua e, com a ajuda de vizinhos, chegou a socorrer a filha. Ainda em estado de choque, o pai diz que a adolescente foi chutada, além de esfaqueada, e que estava com ferimentos graves.
"Ela disse: 'pai, não quero morrer'. Pediu para eu não deixá-la morrer. No caminho falou que não estava conseguindo me ver mais, foi ficando branca e os lábios ficando roxos."
José Carlos levou a filha no carro de um vizinho até uma unidade de saúde no centro da pequena cidade, que tem pouco mais de 5 mil habitantes.
Um adolescente, de 15 anos, apontado como autor das facadas, foi detido horas depois e a faca utilizada acabou apreendida pela Polícia Civil.
O rapaz apresentava ferimentos pelo corpo e havia suspeita de ingestão de veneno, segundo boletim de ocorrência. Ele recebeu atendimento médico e foi levado para unidade da Fundação Casa de Marília (SP).
Ainda segundo a família, o suspeito queria namorar com Lídia, mas a família dela não aprovou o relacionamento, o que pode ter motivado o ataque.
Chutes além de facadas
Em entrevista à TV TEM, José Carlos contou que a filha sofreu outras agressões além das facadas, ao menos cinco, principalmente na região da barriga.
"Depois que ele deu essas facadas nela, ela caiu no chão, ele deu dois chutes nela. Mesmo ela caída e esfaqueada", comentou o pai.
José Carlos também afirma que o agressor levou a faca utilizada para ferir a filha para a escola em que ambos estudavam, e que outros alunos sabiam disso. Tal informação deve ser investigada pela Polícia Civil.
Testemunhas contaram ao pai da vítima que, após a saída da aula, o suspeito pegou o celular de Lídia e disse que ela deveria pegar o aparelho de volta com ele, caso quisesse recuperá-lo. Foi quando, já próximo de casa, a adolescente foi esfaqueada.
A escola suspendeu as aulas até a próxima segunda-feira (29) e, em nota, a Secretaria de Educação do Estado informou que a direção está a disposição para colaborar com as investigações. O corpo de Lídia foi velado na Igreja Assembleia de Deus e enterrado no Cemitério Municipal na tarde desta quarta-feira (24).
Informações: g1 Bauru e Marília