O provedor ainda diz que não foi cancelado nenhum convênio, apenas explica que a entidade está sem condições de atender no momento
Nesta semana o provedor da Santa Casa de Misericórdia de Avaré, Miguel Chibani esclareceu a nota enviada pela Secretaria Municipal de Comunicação, sobre a suspensão dos convênios Amil, Cabesp, Cassi, Iamspe e Saúde Bradesco. Assunto que foi bastante criticado por munícipes.
“Não cancelamos nenhum convênio. Estamos sem condições de atender. Não temos insumos, nem vagas. Quando comunicamos aos convênios nenhum deles mostrou preocupação. Comunicamos o Iamspe que poderíamos dar o primeiro atendimento se eles arrumassem vagas para serem transferidos e não tivemos qualquer resposta. Cabesp e Cassi transferem os pacientes e Amil não demonstrou interesse, em 2016 eles cancelaram o convênio com a Santa Casa”, explicou Chibani.
Ele ainda diz da preocupação com a Santa Casa, que atende há quase dois meses com 100% da ocupação de leitos da UTI e Enfermaria para pacientes com Covid-19. “Não sabemos o que fazer. Espero que possamos continuar atendendo. Gostaria muito de prestar um atendimento a todos os convênios, embora nenhum deles tenha mostrado interesse”, desabafou.
O provedor disse ainda que a situação é crítica, principalmente em relação aos medicamentos. “Não temos, como muitas outras santas casas, insumos para atender todos os pacientes em caso de UTI e sedação. Então o mais correto, o mais certo é nos precaver e contribuir para ajudar o paciente. Sabendo que nossa estrutura está esgotada, eles têm possibilidade de buscar através do convênio deles uma transferência. Infelizmente, os pacientes do Iamspe são os mais prejudicados. Não temos vaga. Solicitamos a transferência e o Iampse também não consegue. A realidade de Avaré é idêntica à de muitas outras cidades. Infelizmente, ninguém estava preparado para uma pandemia desta natureza. Além dos insumos, não temos acomodações para o Covid, pois há outras patologias internadas”, ressalta.
Ele concluiu dizendo que os outros procedimentos de urgência estão sendo realizados. “Para o Covid não temos vaga infelizmente. Só parou a internação do Covid. Gostaria realmente que se colocassem no meu lugar. Uma pessoa que paga o convênio do Iamspe chega na Santa Casa. Faz exames e constata que é Covid. Onde eu vou arrumar lugar para internar? Eu tenho que transferir. E o convênio não arruma vaga. O que fazemos com o paciente? Não sabemos o que fazer. Essa é a verdade. O resto é aceitar as críticas, pois todos têm razão em seus direitos”, finalizou.