Atleta paralímpico Vinicius Proença, de Itapetininga (SP), ficou em 3º lugar no Campeonato Brasileiro de Triathlon, que aconteceu em Maceió (AL).
Um morador de Itapetininga (SP) conseguiu o 3º lugar no Campeonato Brasileiro de Triathlon, que aconteceu em Maceió (AL), no dia 11 de setembro.
Aos 22 anos, Vinicius Proença, que atualmente tem 33 anos, sofreu uma mielite transversa, uma inflamação na medula espinhal que o fez perder os movimentos dos membros inferiores. Desde então, a vida dele mudou.
Ao g1, o atleta contou que, antes da mielite, era dependente químico e alcoólatra. De acordo com Vinicius, a doença que o fez perder os movimentos pode acometer qualquer pessoa, mas a dependência química influenciou na gravidade do seu quadro.
Ele contou que começou a usar drogas aos 14 anos, depois da morte do pai por um problema no pulmão.
A inflamação na medula fez com que Vinicius passasse vários dias internado e começasse a andar de cadeira de rodas. Meses depois, ele ainda enfrentou um novo desafio.
"Seis meses depois, no dia do meu aniversário, minha mãe morreu. Ela tinha tido um acidente em casa com gás e ficou uns quatro meses internada, aí teve infecção hospitalar e não aguentou", lembra.
Desde então, Vinicius trabalha como atendente em um hospital. "Eu parei com tudo realmente, nunca tive uma recaída. Minha família me ajudou muito, tive total apoio, minha esposa foi essencial. Passei a ir à igreja, comecei a trabalhar e fui tocando a vida", conta.
Recomeço
Vinicius teve o primeiro contato com o esporte paralímpico há cinco anos. Ele contou que um professor o viu trabalhando no hospital e perguntou se ele gostaria de praticar alguma modalidade.
"Aí uma outra professora me ligou e eu fui. A princípio, foi bem difícil, não gostei. Eu estava fora do peso e não gostei por ser doloroso, mas insisti. Eu persisti e as coisas foram se encaixando", relata.
Inicialmente, o atendente começou a praticar corrida com cadeira de rodas. Ele participou de alguns campeonatos e, depois, ganhou uma hand bike para "pedalar com as mãos".
Neste ano, o atleta participou de três etapas do Triathlon, na modalidade sprint, que são provas de 750 metros no mar, 20 quilômetros de hand bike, e cinco quilômetros com cadeira de corrida.
Na primeira, no Rio de Janeiro, ele ficou com o 4º lugar. Na segunda, em Florianópolis, em 3º lugar. E na última, em Maceió, em 3º lugar.
"Eu consegui ficar entre os três melhores do país. Era o que eu sonhava. O esporte me deu a oportunidade de viver novamente" conta o atleta.
Informações: g1 Itapetininga e Região