Principais doenças
São várias as alterações encontradas nos cascos: feridas, desgastes anormais, crescimento excessivo das unhas, bicheiras, entre outros. Tudo isso gera estresse no animal, que diminui a ingestão de alimentos, perda de peso e diminui a produção de leite. Por isso, é importante conhecer as principais doenças de casco que afetam bovinos de leite:
Laminite
Úlcera de sola
Doença da linha branca
Dermatite digital,
Erosão de talão
Hiperplasia interdigital
Pododermatite circunscrita
Podridão de casco
Prevenção
A adoção de práticas preventivas e curativas, quando feita adequadamente, traz excelentes resultados para o negócio. Conheça alguns cuidados que podem prevenir as doenças de cascos:
Forneça uma dieta equilibrada e balanceada;
Ofereça aos animais um ambiente higienizado com o piso limpo e seco;
Ofereça conforto e bem estar aos animais;
Faça o casqueamento preventivo do rebanho.
Pedilúvio: alternativa simples e barata!
Pode-se utilizar várias formulações para o pedilúvio. O CNPGL usa a seguinte, com ótimos resultados:
5 litros de formol
5 kg de sulfato de cobre
Quantidade de água suficiente para completar 100 litros
FONTE: (EMBRAPA) Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite)
Com o objetivo de melhorar a saúde dos cascos, quando o animal passa no pedilúvio, automaticamente o casco passa a ter contato com soluções que vão ajudar e auxiliar no tratamento desses problemas. É importante o produtor lembrar de fazer um lava pé antes.
Tratamento
Primeiramente é importante contactar um médico veterinário para que ele analise o tipo de lesão do casco. Caso a doença seja infecciosa, os animais devem ser manejados para um local seco que não acumule água para evitar o amolecimento e a difculdade de cicatrização. Nos principais tratamentos adotados estão a limpeza e curetagem do local para remoção do tecido necrótico e aplicação de medicamentos específicos.
Cetose
A cetose é uma doença metabólica que afeta animais de alta produção, especialmente as vacas leiteiras. Conhecida como acetonemia, é causada devido uma alteração do déficit de energia do animal, pois a quantidade energética que o animal consome não atende à sua demanda.
Por que ocorre?
No início da lactação, a vaca passa por um processo no qual o apetite diminui, fazendo com que consuma menos energia do que necessita para se manter. Por isso, seu organismo passa a utilizar a gordura corporal. Essa gordura mobilizada é transformada, em compostos utilizados como fontes de energia para o animal. Porém, quando o animal está com cetose a produção desses compostos ultrapassa a capacidade do organismo, e consequentemente, ocorre o acúmulo na corrente sanguínea prejudicando o animal inclusive na eficiência reprodutiva.
Sintomas
É muito comum encontrar casos de cetose em vacas leiteiras, porém existe uma grande dificuldade em diagnosticar a doença, já que na maioria das vezes a forma apresentada da doença é a subclínica, ou seja, não aponta nenhum sintoma. Porém, quando a doença se apresenta na forma clínica, alguns sintomas são perceptíveis:
• Perda de apetite
• Sinais clínicos nervosos – sonolência, olhar fixo, cambaleio, ataxia, andar em círculos, espasmos e cegueira parcial
• Pode apresentar comportamentos bizarros, como agressividade e delírio
• Odor de acetona no hálito, urina e até no leite
• Diminuição da produção leiteira
• Rápida perda de peso
• Alguns animais podem apresentar excitação, mas em sua maioria ficam apáticos
Diagnóstico
Por ser difícil o diagnóstico da cetose na forma subclínica, recomenda-se que seja realizado o monitoramento constante dos animais, observando o comportamento, a alimentação e os outros índices zootécnicos, além de fazer regularmente os exames através do leite, sangue e urina.
Prevenir
Prevenir ainda é o melhor remédio por isso é importante fazer um balanceamento correto da dieta de novilhas e vacas no período de transição. Monitorar o escore corporal para que o animal não esteja muito gordo no momento do parto. São cuidados simples e que farão com que a cetose fique longe do seu rebanho de leite.
CUIDADO COM OS CASCOS
Os vertebrados terrestres, segundo os cientistas, descendem da metamorfose de peixes que tinham quatro barbatanas na parte inferior do corpo. As barbatanas se transformaram em cascos, em função de uma proteína chamada queratina, que também faz os chifres.
Nestes locais, não há sangue nem nervos. Por isso, os animais não sentem, em condições normais, dor, frio ou calor.
Dermatite interdigital
Menos grave, mas não menos importante que as demais afecções maiores, a dermatite interdigital consiste uma inflamação da pele do espaço que separa os dois cascos, devido à ação de duas bactérias, a Fusobacterium necrophorum ou bacilo da necrose e a Bacteroides nodosus. Aparentemente, é contagiosa. O animal atingido claudica (marca) e apresenta, no espaço entre os dedos, uma enduração (endurecimento e necrose das fibras) de coloração acinzentada e odor repugnantes.
A dermatite interdigital pode ser observada em qualquer estação nos animais mantidos em estábulo, embora seja mais freqüente no inverno, em especial nos estábulos cujo piso ou as camas estejam úmidas ou sujas. Produto da falta de asseio, tende a se disseminar entre um grande número de animais.