O prefeito de Coronel Macedo e presidente do Consórcio Intermunicipal do Alto Vale do Paranapanema (Amvapa), José Roberto Santinoni Veiga, popularmente conhecido por Betinho, 38 anos, concedeu uma entrevista ao jornal Sudoeste do Estado falando de como divide seu tempo em ser pai e político.
O gestor público é formado em Administração de Empresas e tem um relacionamento de 7 anos com sua esposa Luana Caroline Ribeiro Santinoni Veiga, com quem tem o pequeno Heitor Hassan Ribeiro Santinoni da Veiga, 6 anos de idade. A primeira-dama ainda está grávida de Aisha Ribeiro Santinoni da Veiga, que tem parto programado para dezembro de 2021.
Confira abaixo a entrevista na íntegra:
Jornal Sudoeste do Estado: Como está sendo a experiência desta segunda paternidade?
Betinho Veiga: A experiência do segundo filho está sendo maravilhosa. É uma surpresa para a gente, pois a gravidez não foi programada, mas estamos adorando. Sempre foi um sonho ter dois filhos e ser um casalzinho. Estamos sendo abençoados por Deus com essa dádiva, esse presente. Tenho certeza virá uma menina com muita saúde, que será muito amada, na verdade já é muito amada, tanto por mim, pela mãe e pelo irmãozinho Heitor, que em todo momento lembra da irmã e beija a barriga da mãe. Então já é uma criança super amada agora, e será mais ainda depois. Vai ser uma companheira para o Heitor.
Jornal Sudoeste do Estado: Como é conciliar ser pai e administrar uma cidade?
Betinho Veiga: O sentido de conciliar ser pai com administrar uma cidade inteira não é fácil. Os compromissos são muitos, ainda mais que eu assumi a presidência de um consórcio com 20 municípios, com certeza não é fácil, e o tempo é escasso. E isso requer muito foco. A vida para mim é feita de momentos e temos de saber administrar esses momentos. Claro que em 2017 quando assumi o mandato, teve um período de adaptação desta nova vida, lógico não foi fácil fazer conciliação destas duas funções. Mas hoje com experiência que tenho posso dizer que consigo não 100%, pois ninguém é perfeito, mas aprendi a dar a devida atenção as duas coisas, de uma maneira mais exemplar. Momento que estou no meu trabalho estou lá, momento que estou em casa eu sou pai e não penso no meu trabalho de forma nenhuma. Acho que temos que saber dividir essas coisas. O tempo que se tem para uma pessoa não é a quantidade de tempo e sim a qualidade. Não adianta eu ficar 200 horas na prefeitura, ou 200 horas como pai, se não tiver qualidade. Se eu ficar uma hora com o Heitor, por exemplo, tem que ser de uma forma que ele sinta realmente que estou ao lado dele.
Jornal Sudoeste do Estado: Quais os preceitos que você preza na educação de seus filhos?
Betinho Veiga: Eu poderia dar exemplo de vários preceitos, mas o mais importante na educação do filho é gerar autonomia, gerar um ser humano, um cidadão que questione, que pense e crie projetos para vida. Não podemos criar um filho dependente, que precise da gente para tudo, que dependa da gente para pensar e para resolver todas as questões. Temos que ensinar os filhos a terem autonomia, que isso gera liberdade de pensamento, de expressão e de atuação na vida. Eu nunca vou ser um pai que vai dizer o que meu filho tem ou não tem que fazer, eu vou dizer que certos caminhos não levam a bons resultados e outros sim. Dar alguns exemplos na vida de pessoas que venceram, tiveram sucesso e isso não se remete apenas a dinheiro. Para mim sucesso é ter paz de espírito, liberdade e autonomia. Então esse é o maior preceito, gerar um cidadão pensante, questionador e que vai querer viver em uma sociedade saudável.
Jornal Sudoeste do Estado: Tem algo que você aprendeu com seu pai que pretende passar para seus filhos?
Betinho Veiga: Aprendi muitas coisas boas com meu pai (José Roberto Veiga), ser um homem honesto, digno, trabalhador, uma pessoa pensante e autônoma. Nosso pai geralmente é nosso ícone, nosso líder, nosso super-herói, pois nos espelhamos muito na vivência dele para nossa vida. Aprendi muitas coisas boas, mas também outras coisas não tão boas. Ninguém é bom a todo momento, mas mesmo no exemplo ruim aprendemos o que não fazer. E tenho certeza que o Heitor vai aprender muito comigo, coisas boas e talvez algumas ruins que não deva fazer. O que aprendi com meu pai é ser uma pessoa do bem, que não atrapalhe ninguém na vida, se pode ajudar ajude ou não atrapalhe. Faça sua parte para que o mundo seja melhor, talvez sua parte seja um grãozinho de areia, mas é sua parte, faça ela com amor e com paixão. Acorde cedo para trabalhar, porque no mundo a vida começa cedo. Trabalho, dedicação, amor e paixão por qualquer coisa que irá fazer, esse é o maior exemplo que recebi de meu pai e que passarei aos meus filhos.
Jornal Sudoeste do Estado: O pai político é diferente do pai comum?
Betinho Veiga: Acredito que nos tempos em que vivemos hoje, o político não é diferente de um pai comum. Eu poderia dizer que um político, ainda mais prefeito de uma cidade como eu tem pouco tempo, em quantidade, mas a qualidade em utilizar o tempo é o que importa. Hoje no mundo em que vivemos os pais tem que trabalhar, e a vida está muito corrida. Tempo é a coisa mais preciosa nessa era que vivemos. Então temos que saber administrar esse tempo e dar qualidade quando estamos atuando como pai. E neste quesito o pai político não é diferente dos outros. Raros casos hoje o pai tem tempo de sobra com seus filhos. Amo muito estar com meu filho e realmente temos que saber administrar o tempo e dar qualidade nesses momentos.
Jornal Sudoeste do Estado: Faça suas considerações finais!
Betinho Veiga: Agradeço primeiramente ao jornal Sudoeste do Estado por dar essa oportunidade de falar como é ser pai, pois é maravilhoso ser o pai do Heitor e da Aisha, que juntos da minha esposa, são os maiores amores da minha vida. A Luana é uma pessoa companheira, maravilhosa que vive ao meu lado e me ajuda muito. Não conseguiria dar aos meus filhos a educação e amor sem ter ela ao meu lado, ajudando em todos setores da minha vida. E isso é importantíssimo para os filhos, não sou detentor da ideia que um casal tem que viver o resto da vida juntos por ter filhos, mas é importantíssima a relação de companheirismo do pai e da mãe para a formação deles. Sou grato demais e amo essa família que tenho. Também estou muito feliz com a minha gestão na prefeitura que vai perdurar por mais três anos e meio. E encerrando minha caminhada vou trabalhar na área comercial, que é o que gosto de fazer, sempre junto na política porque também amo trazer benefício à gestão pública.
Também agradeço a minha família por tudo, meu pai por todos os ensinamentos que me passou, pois ele é uma pessoa maravilhosa, que me ensinou tudo e tenho certeza que fez o melhor que poderia fazer, se não foi perfeito não é porque não quis, mas porque não pode. Como eu também tentarei fazer o melhor para os meus filhos, talvez não seja perfeito para eles, mas será o melhor que eu posso fazer, e o importante é fazer nosso melhor sempre. Esse é o maior recado que deixo a todos: “faça o seu melhor”.
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