Informações são resultado de um cruzamento de dados realizado pela Repórter Brasil a partir do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), do Ministério da Saúde, com testes feitos em 2022.
Das 54 cidades das três regiões, 46 têm a distribuição de água operada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). As outras dez tem autarquias e departamentos que realizam os trabalhos de forma autônoma.
Conforme o levantamento, as cidades de Sorocaba e Porto Feliz apresentaram o maior número de agrotóxicos, com 27 cada. Em Iperó, Itu, Salto, Votorantim e Mairinque foram identificados 22 tipos de agrotóxicos diferentes.
Na região de Itapetininga, as cidades onde foram encontrados agrotóxicos na água distribuída são as seguintes:
Alambari, Angatuba, Águas de Santa Bárbara, Arandu, Avaré, Boituva, Buri, Campina do Monte Alegre, Capão Bonito, Cesário Lange, Conchas, Guareí, Iaras, Itaberá, Itapetininga, Itapeva, Itaporanga, Itararé, Laranjal Paulista, Nova Campina, Quadra, Pereiras, Ribeirão Branco, Ribeirão Grande, Porangaba, São Miguel Arcanjo, Pilar do Sul, Sarapuí, Sarutaiá, Taquarituba, Tatuí, Tejupá, Timburi, Torre de Pedra.
Essas cidades são atendidas pela Sabesp.
O que dizem as instituições
A Sabesp, que é responsável pela maior parte dos municípios citados na reportagem, afirmou que a água distribuída é segura e atende à legislação do Ministério da Saúde. "A Sabesp informa que monitora a qualidade da água distribuída aos clientes, realizando várias análises diárias com rigorosos controles em todo o sistema", garante.
A empresa pública diz ainda que, em todos os 375 municípios atendidos, todos os ensaios realizados para agrotóxicos em 2022 apresentaram resultados abaixo do valor previsto na lei, o que atesta a qualidade e a segurança da água. "A Companhia realiza cerca de 114.000 análises laboratoriais mensais e monitora sistematicamente todas as etapas do sistema de abastecimento."
Por Marcel Scinocca, g1 Itapetininga e Região