Estudante chegou a ficar na UTI depois de ter sido atacada, no dia 13 de novembro. Suspeito do crime foi encontrado morto em um açude na cidade; polícia trabalha com hipótese de suicídio.
A jovem de 18 anos que foi vítima de uma tentativa de feminicídio em Timburi (SP) recebeu alta médica e voltou para casa, na sexta-feira (29). A estudante foi raptada e esfaqueada pelo ex-namorado, Rafael Ferreira, de 22 anos, em 13 de novembro. O rapaz foi encontrado morto em um açude de uma fazenda na zona rural da cidade um dia depois do crime.
Internada desde o dia 13 de novembro, a vítima chegou a ficar uma semana na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Ourinhos (SP), e foi para o quarto no dia 20.
Na terça-feira (3), o delegado Fernando da Silva Freitas, responsável pelo caso, informou que um dos laudos solicitados ao Instituto Médico Legal (IML) indicou como causa da morte de Rafael um corte profundo na região da garganta.
Além disso, o corpo dele não apresentava nenhum ferimento ou lesão que indicasse luta ou defesa. Por isso, uma das hipóteses investigadas pela polícia é a de que ele tenha cometido suicídio. O delegado aguarda outros exames periciais que estão em andamento para concluir o inquérito.
Tentativa de feminicídio - Conforme apurado pelo g1, a jovem chegava da faculdade acompanhada de uma amiga quando foi forçada pelo ex-namorado, que estava com uma arma falsa, a entrar no carro. A amiga avisou os familiares da vítima e acionou a polícia.
O suspeito fugiu sentido Camping Municipal, mas perdeu o controle da direção e bateu o carro. Após o acidente, ele fugiu a pé para uma área de mata. A jovem foi resgatada com vários cortes pelo corpo, sendo um deles no pescoço.
A vítima foi levada para a Santa Casa de Ourinhos, onde passou por duas cirurgias e recebeu transfusão de sangue.
A jovem tinha medida protetiva contra o suspeito por causa do histórico de violência. A estudante de odontologia conseguiu a ordem de restrição em 4 de novembro, logo após terminar o namoro com o rapaz, por conta das ameaças e perseguições que passou a receber.
O crime foi registrado como tentativa de feminicídio e violência doméstica.
Por g1 Itapetininga e Região