A data de 22 de setembro de 2013 jamais será esquecida pela po¬pulação de Taquarituba, pois a passagem de um tornado pela cidade, no final de uma tarde de domingo (por volta das 16h30), destruiu e destelhou casas e prédios comerciais, retorceu estruturas metálicas, derrubou postes de energia e torres de telefonia, arrancou árvores, tombou veícu¬los pesados e prosseguiu arrasan¬do o que encontrava pela frente.
Foram menos de cinco mi¬nutos de vento e chuva mistu¬rados a um barulho indescrití¬vel, segundo testemunhas, que atingiram aproximadamente 11 mil pessoas e deixaram um sal¬do de dois mortos, 66 feridos e 300 desalojados, sendo 50 de¬sabrigados.
As áreas mais afetadas foram o Parque Industrial, Jardim Dona Carmélia, Jardim Santa Virgínia e o Centro da cidade. Levan¬tamento da Prefeitura na época apontou 495 casas afetadas, sendo 29 completamente destruídas. As 30 empresas instaladas no Par¬que Industrial foram atingidas, algumas com danos irreparáveis. Cerca de 30 estabelecimentos comerciais também contabiliza¬ram prejuízos.
Terminal Rodoviário, a Quadra Poliesportiva do Par¬que Ico Rodrigues, o Galpão do Agronegócio e o Posto Zanforlin II tiveram suas estruturas metáli¬cas transformadas em montes de ferros retorcidos.
Boa parte da cidade ficou sem energia elétrica com a queda de 80 postes, e a primeira providência do prefeito da época, saudoso Dr. Miderson Milléo na ma¬nhã seguinte foi decretar estado de calamidade pública, para facilitar os trâmites burocráti¬cos necessários à reconstrução da cidade. Também acionou a Defesa Civil do Estado, que montou naquele momento um posto avançado em Taquarituba.
O governador da época, Geraldo Alck¬min esteve no município um dia após a catástrofe e anunciou auxílio para a reconstrução da cidade.
Hoje Taquarituba encontra-se reconstruída, porém as marcas daquele fatídico dia ainda permanecem na lembrança da população, principalmente dos familiares do motorista Jamil Francisco da Silva e do jovem Edson Matheus Pereira, que morreram durante o tornado. O motorista perdeu a vida quando o ônibus conduzido por ele, que fazia o itinerário de Itaí a Wenceslau Braz (PR), tombou durante a ventania. Já Edson jogava bola na quadra do Parque Ico Rodrigues no momento que a estrutura do local desabou ceifando sua vida. Testemunhas contaram que, em um ato heroico, ele já havia encontrado um lugar para se abrigar, mas voltou à quadra para ajudar um menino que estava sendo levado pelo vento.
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