Em Fartura, a Coordenadoria de Assistência e Desenvolvimento Social trabalha a conscientização junto às famílias do município
No sábado, 12 de junho foi celebrado o Dia Nacional e Internacional de Combate ao Trabalho Infantil. Essa data é uma oportunidade para sensibilizar, informar, debater e dar destaque ao enfrentamento à violação dos direitos da criança e do adolescente no Brasil e em todo o mundo.
Fartura não está omissa a este assunto, já que a Coordenadoria de Assistência e Desenvolvimento Social trabalha essa questão junto às famílias do município. A coordenadora da Pasta, Patrícia Braga, informou que, com base em dados do UNICEF (Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância), infelizmente, o trabalho infantil aumentou pela primeira vez em duas décadas e atingiu, ao todo, mais de 160 milhões de crianças e adolescentes em todos os continentes. A OIT (Organização Internacional do Trabalho) e o UNICEF alertam que, além deste número, mais 8,9 milhões de pessoas que completam este público correm o risco de ingressar no trabalho infantil até 2022, como resultado da pandemia da Covid-19.
Segundo a Coordenadoria, é necessário esclarecer para a população o que é o trabalho infantil. “É fundamental informar que as atividades realizadas por crianças e adolescentes, abaixo da idade mínima de admissão ao emprego/trabalho estabelecida no país, não deve acontecer, pois gera danos que duram por toda a vida”, cita Patrícia. A líder do Social farturense reforça a importância de os munícipes denunciarem caso observem uma ação ilegal. O Disque 100 é o canal adequado para encaminhar os casos para a rede de proteção. Outra alternativa é acessar a página de denúncias do Ministério Público do Trabalho.
A OIT informa que a pobreza é uma das principais causas do trabalho infantil no mundo, e no Brasil não é diferente. Crianças são coagidas a fazerem isso, a fim de ajudar na geração de renda familiar, deixando de lado os estudos e vida social. A entrada dessas crianças no mercado de trabalho (informal) ainda faz parte da nossa cultura.
“A grande maioria dessas ocupações deixam essas crianças expostas pois, geralmente, compreendem atividades perigosas, considerados como Piores Formas de Trabalho Infantil, uma classificação adotada por vários países que definem as ocupações que mais oferecem riscos à saúde, desenvolvimento e à moral desses cidadãos”, continua Patrícia.
O trabalho infantil retira direitos que são fundamentais para que as crianças e adolescentes tenham boa formação física e psicológica. “Precisamos debater este assunto com seriedade para, assim, encontrar formas de mudar essa realidade e garantir que todos tenham uma infância melhor e mais feliz”, concluiu a Coordenadora.