As anomalias dentárias podem causar alterações na forma, tamanho, número, posição, constituição e/ou função dos dentes. Elas podem ocorrer por razões hereditárias, congênitas ou adquiridas. Quando hereditárias, as anomalias ocorrem porque estão relacionadas ao desenvolvimento das células do indivíduo e são constatadas antes ou após o nascimento. Já na congênita, a causa da anomalia age durante o período de formação intrauterina afetando a composição ou função do órgão dentário. Por último, nas anomalias adquiridas a causa estará atuando na fase de formação e/ou desenvolvimento pós-natal.
As alterações dentárias quanto ao número de dentes caracterizam-se de duas formas: pela ausência de um ou mais dentes; ou pelo excesso de um ou mais dentes. Quando um dente está ausente no arco, essa anomalia é chamada de agenesia. Já quando há dentes em excesso, esses são chamados de supranumerários. Outra modalidade de alteração dentária são as alterações de tamanho. Esta ocorre quando um dente tem o tamanho maior que o seu normal (gigantismo dentário) ou então o dente pode ter seu tamanho reduzido (microdontia). Quanto ao tratamento dessas alterações, costuma ser mais fácil corrigir as alterações de microdontia, uma vez que com o material restaurador indicado é possível alterar a forma do dente, devolvendo as dimensões de forma mais simplificada que uma alteração de gigantismo é que é necessário haver um desgaste da estrutura para correção das proporções.
Também há alterações de forma dentária, são exemplos: fusão, geminação, concrescência, dente invaginado, taurodontismo, hipercementose, dilaceração, entre outros… essas alterações podem ocorrer ao nível da coroa ou raiz dentária. São importantes, porque no caso de uma coroa com alteração de forma, essa anomalia poderá afetar tanto a estética do indivíduo quanto a parte funcional, dificultando contato mais equilibrados da mordida. Por outro lado, quanto um dente possui anomalias anatômicas na raiz dentária, essas acabam gerando desafios para o tratamento de canal e cirurgias de extração.
Além das anomalias citadas anteriormente, existem anomalias dentárias de estrutura, isto é que afetam o esmalte ou a dentina, assim os tecidos que compõem os dentes estão alterados. A implicação dessas condições é que acabam facilitando a formação de cavitações e também se muito exacerbadas, podem causar prejuízo estético. Nos casos mais severos, o acompanhamento profissional constante para minimizar os danos aos tecidos frágeis é fundamental.
Portanto, as alterações dentárias são bastante variadas. Elas comumente são queixa do paciente ao profissional quando causam insatisfação estética, mas também são muito diagnosticadas em consultas de rotina. Os tratamentos para cada uma são variados, desde a preservação e acompanhamento até abordagens mais complexas visando devolver estética e função.
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