Sabendo que a agricultura se faz presente todos os dias na vida das pessoas interioranas, se faz necessário analisar, ainda que por alto, a sua origem e sua eficiência em trazer alimentos para as mesas de nossas casas.
Mas antes de tudo é preciso dar um breve resumo sobre o que é a agricultura. Bem, ela pode ser definida como um conjunto de técnicas que são concebidas para cultivar a terra com a finalidade de obter produtos e garantir a subsistência do ser humano bem como matérias-primas para produção de combustível, como por exemplo, a cana-de-açucar, ferramentas, roupas e entre outros tantos itens.
A História da agricultura pode ser considerada se pensarmos nos primórdios do ser humano, quando ainda estávamos evoluindo de seres coletores e nômades, para sedentários. Então, sua prática pode ser datada de cerca de 12 mil anos atrás, durante o período que chamamos de neolítico, ou seja, idade da pedra lascada, quando já podíamos dominar e produzir ferramentas simples. A agricultura é então um dos processos constitutivos das primeiras civilizações.
Não podemos pensar que ela nasce de um dia para outro, essa tarefa foi desenvolvida de forma gradual, com plantações de cereais e também tubérculos como sendo as primeiras formas de cultivo.
Deixando de andar à procura de alimentos e locais para residir alguns poucos dias até que o alimento se acabassem, seres humanos foram capazes de perceber que à partir de algumas sementes, quando plantas em solo, germinavam, obtendo mais desse mesmo alimento. É nesse momento também que se percebe o poder de domesticar animais, que lhes serviam como alimentos e também como proteção corporal, as roupas.
Não é exagero mencionarmos que a produção excedente pôde servir como forma de socialização entre outros grupos sedentários, bem como dando inicio ao modo mais primitivo de economia já registrada, a troca.
Dessa forma é possível perceber que o meio rural sempre foi uma das atividades econômicas mais importantes para a constituição e manutenção de sociedades. No entanto com a vinda da industrialização e modernidade essa concepção passa gradativamente se alterando. Com as indústrias e urbanização, cada vez mais o campo depende das cidades, pois as práticas agrícolas passaram a depender da modernização efetuada em suas máquinas.
Hoje, após três revoluções industriais, 1760, 1850 e 1950, a agricultura atual se fundamenta em procedimentos avançados, o que trouxe ao agricultor, mais conhecimento técnico. Nas cidades do interior já podemos perceber esse avanço tecnológico, se tornando eficaz ao poder suprir as necessidades das cidades, ainda que pequenas.
O ser humano sempre utilizou da agricultura, num primeiro momento como meio de sobrevivência e num segundo momento, como forma econômica e lucrativa. O que devemos pensar então são formas para produzir nosso alimento, sem que se prejudique a natureza, para que possamos continuar consumindo alimentos da terra e também conviver em harmonia social e ambiental.
Por João Marcos de Oliveira, professor de História e Sociologia