Advogado pós-graduando em direito público, programador e vereador em Fartura, Filipe Dognani concedeu entrevista na quinta-feira (4) ao Jornal Nova Voz e falou sobre a implantação de um Polo de Indústrias de Tecnologia da Informação em Fartura para atender cidadãos farturenses e da região, como também um estudo para aquisição de vacinas pelos municípios.
Encampado pelo vereador e com apoio do vice-prefeito Pedro da Maxi (coordenador da Coordenadoria de Indústria, Comércio e Emprego), o projeto consiste na implantação de cursos de programação de software para preparar profissionais ao mercado de trabalho.
“O déficit de programadores, só no Brasil, até 2024 será de 760 mil nessa área”, frisou Filipe.
Ele destacou ainda que o projeto vai atrair empresas para contratar esses profissionais, que poderão se formar com qualidade e gratuitamente em cursos já oferecidos pela Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo), que possui um polo em Fartura na Escola Municipal Miguel de Góes Vieira.
O vereador salientou que o programador desenvolve softwares, que são programas de computador, aplicativos de celular, jogos, entre outros. “Tudo que temos na questão de tecnologia são programadores que desenham, escrevem e fazem toda a arquitetura”, complementou.
Com o mercado de trabalho aquecido, Filipe Dognani informou que os salários são um atrativo para quem quer entrar nesse ramo e a progressão de carreira é a mais justa em sua opinião.
“O estagiário começa ganhando R$ 2 mil, depois passa para programador júnior que ganha entre R$ 3 mil a R$ 5 mil, depois para programador pleno que recebe entre R$ 5 mil a R$ 10 mil e o auge é o programador sênior, que aí os salários não têm limite”, disse o vereador.
Ele comentou que hoje o programador trabalha home-office (em casa), algo que ficou mais comum durante a pandemia. “Muitos estão se mudando em busca de uma melhor qualidade de vida no interior, trabalhando remotamente com salário de capital”, .
Após a implantação do polo, Filipe argumentou que o próximo passo é atrair as empresas para se instalarem no município. “Indicar para o prefeito fazer leis de incentivo fiscal para as empresas que estão nas grandes capitais se instalarem no município e com isso encaixar esses profissionais formados no polo”, concluiu.
Na semana passada Filipe e o vice-prefeito Pedro da Maxi, ambos do PDT, estiveram na Capital Paulista para uma visita ao Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo (SINDPD), onde foram recepcionados pelo presidente Antonio Neto.
A reunião foi pautada nos caminhos para a implantação do Polo de Indústrias de Tecnologia da Informação no município.
VACINAÇÃO – Outro tema abordado pelo vereador Filipe Dognani durante a entrevista foi a aquisição de vacinas contra a covid-19 pelos municípios.
Ele já encaminhou ofícios para os municípios vizinhos e para a Amvapa com o intuito de iniciar uma frente regional para comprar esses imunizadores disponíveis.
“Obviamente existe a frente dos prefeitos que estão se unindo para comprar as vacinas, mas acredito que a gente tem que se preparar de todas as formas possíveis”, disse Filipe que complementou, “A gente não pode esperar mais”.
Ele também enviou ofícios para as principais empresas que estão produzindo as vacinas pedindo todas as informações de como adquirir os lotes. “Fiz os ofícios em português e inglês com questionamentos sobre o custo das vacinas, como faz para os municípios comprar as doses, qual o tempo de durabilidade das vacinas para transportar e como conservar”, disse.
Ele fez duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro sobre a lentidão na aquisição de vacinas e declarou que o STF (Supremo Tribunal Federal) já deu parecer favorável para municípios e estados comprarem os imunizantes.
“Vejo bastante gente criticando o “lockdown”, mas vejo poucas pessoas criticando a demora em o governo federal comprar as vacinas”, desabafou Filipe dizendo estar cansado de tanta hipocrisia no meio político.
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