Represa que banha cidades como Cerqueira César, Piraju, Avaré, Itaí, Taquarituba, Paranapanema e Angatuba (SP) está em situação alarmante, com nível baixo de água, podendo prejudicar o turismo e economia local.
O nível da água da Represa Jurumirim, que banha diversas cidades da região de Avaré (SP) registrou menor volume útil desde 2022. Nesta terça-feira (11), o nível da água chegou a 32,3%.
Além de Avaré, a represa banha diversos municípios, entre eles Cerqueira César, Piraju, Itaí, Taquarituba, Paranapanema e Angatuba (SP).
Conforme dados divulgados pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), o menor volume útil registrado em janeiro de 2022 foi de 31,9%, em 11 de junho de 2023, o nível da água estava em 81%.
A Prefeitura de Avaré vem acompanhando a situação. A Secretaria Municipal de Turismo afirma que o nível da represa é preocupante, já que a Jurumirim é o principal cartão-postal a Estância Turística de Avaré.
O secretário Danilo dos Santos ressalta que o baixo volume de água já começa a afetar o turismo de forma geral.
“Esperamos que a empresa CTG Brasil, que administra o reservatório, possa atuar de forma que não atinja a economia dos municípios”, destaca o titular da pasta.
Já a Secretaria Municipal do Meio Ambiente tem abordado o tema nas reuniões da Sala de Crise do reservatório Jurumirim, sobretudo diante da tendência já consolidada de estiagem.
Na sexta-feira, 28 de junho, está prevista mais uma reunião com participação da Agência Nacional das Águas (ANA), Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), CETESB e CTG Brasil.
“Vamos pedir a redução da defluência. Nosso objetivo é, pelo menos, manter estável o reservatório para evitarmos a mesma situação vivenciada no passado”, afirma o secretário Judésio Borges".
Moradores da região, principalmente os comerciantes que trabalham em lojas, restaurantes e hotéis, além daqueles que enfrentam a dificuldade de navegação na represa, relatam que já estão sentindo o impacto deste nível baixo de água. Preocupação que também é válida para impactos ambientais, na fauna e na flora.
O que diz a CTG
Em nota, a CTG Brasil, empresa responsável pela represa informa que a operação da Usina Hidrelétrica Jurumirim integra o Sistema Interligado Nacional (SIN), assim como todas as usinas hidrelétricas do país, e tem sua operação coordenada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), conforme os procedimentos aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), tanto no que se refere à produção de energia, quanto ao controle do nível do reservatório.
"Nesta quarta-feira, 12/06/2024, o reservatório da UHE Jurumirim encontra-se com 31,9% de armazenamento de seu volume útil para operação. A UHE Jurumirim gerou, em 2023, 459.851,02 MWh de energia, suficiente para abastecer uma cidade com 157 mil habitantes. A Empresa informa ainda que adota as medidas para cumprimento às deliberações decorrentes da Sala de Acompanhamento do Paranapanema organizada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e do ONS, reforçando seu compromisso com o meio ambiente, com as comunidades onde atua, com o setor elétrico e com as leis brasileiras" diz o documento.
Por g1 Itapetininga e Região