Prefeito Roberto Araujo anunciou, na manhã desta quarta-feira, 28 de maio, luto oficial de três dias e a suspensão dos atendimentos na unidade de saúde onde a vítima trabalhava
Avaré amanheceu cinza, com seus moradores de coração partido. Márcia de Fátima Meira, servidora pública de 40 anos, foi vítima de um crime brutal que abalou toda a população. Mãe, enfermeira dedicada e respeitada por colegas e pacientes, Márcia foi atacada dentro do próprio local de trabalho - a Unidade Básica de Saúde Dra. Maria Da Glória Novaes Ramires Ferreira, no bairro Vera Cruz - pelo ex-marido, em mais um doloroso caso de feminicídio. Sem nenhuma chance de defesa.
O crime ocorreu na tarde de terça-feira, 27 de maio. Márcia foi esfaqueada pelo ex-marido, um fisioterapeuta de 40 anos, que entrou repentinamente na unidade durante o expediente. Ela foi socorrida com ferimentos graves no abdômen, mas não resistiu, mesmo após passar por cirurgia. A cena foi descrita como de extrema violência.
A tragédia causou profunda comoção. Em sinal de respeito, dor e solidariedade à família, amigos e colegas de trabalho da vítima, o prefeito Roberto Araujo decretou luto oficial de três dias em Avaré, a partir desta quarta-feira, 28 de maio.
O prefeito também anunciou a suspensão dos atendimentos, nesta quarta-feira, na unidade de saúde onde a servidora atuava, como forma de homenagem e de luto coletivo.
“Márcia era luz, cuidado, empatia. Uma profissional comprometida e uma mulher que jamais será esquecida. Este luto é de todos nós. Estamos arrasados. A Prefeitura se une à família e à população, que hoje choram a perda de uma mulher que dedicou a vida a cuidar dos outros. Que sua partida tão cruel nos una ainda mais na luta contra toda forma de violência”, afirmou o prefeito Roberto Araujo.
O autor foi preso em flagrante e responderá por feminicídio qualificado, conforme prevê a legislação brasileira.
Márcia deixa uma filha e uma trajetória marcada pelo amor ao próximo. Seu nome agora ecoa como símbolo de uma luta que precisa ser constante: pela vida das mulheres, pela justiça e por uma sociedade sem violência. “Avaré chora. Mas também se compromete a não deixar esse crime cair no esquecimento”, concluiu o prefeito Roberto Araujo.