Cirurgião e anestesista de Piraju (SP) teriam cobrado R$ 10 mil para realizar uma cirurgia que está disponível de graça no Sistema Único de Saúde (SUS) e são investigados por corrupção passiva.
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), através da Promotoria de Justiça de Piraju (SP), informou na quinta-feira (9) que investiga uma suspeita de corrupção envolvendo dois profissionais do hospital público municipal.
Segundo uma das denúncias, um cirurgião e um anestesista cobraram R$ 10 mil para realizar uma cirurgia que está disponível de graça no Sistema Único de Saúde (SUS). A paciente teria ouvido dos investigados que o procedimento só seria feito um ano depois pelo SUS por causa da fila de espera.
Na quarta-feira (8) foram cumpridos mandados de busca e apreensão no Hospital Municipal, no Centro de Especialidades Médicas e em uma clínica particular. Documentos e aparelhos eletrônicos foram apreendidos e vão passar por perícia.
Segundo o MP, a Justiça determinou a suspensão do contrato do cirurgião com a Organização Social Sociedade de Beneficência de Piraju, responsável pela unidade hospitalar.
Nas redes sociais, a Sociedade de Beneficência de Piraju, responsável pelo Hospital de Piraju, esclareceu a presença das autoridades e informou o cumprimento de mandado judicial de busca e apreensão de prontuários de pacientes nas dependências do hospital para instrução de processo judicial através do Ministério Público. Esclareceu também que essa ação envolve apenas os prontuários médicos e que colaboraram com a entrega da documentação solicitada.
Em nota, o Ministério da Saúde orientou os pacientes que tenham feito pagamentos aos médicos vinculados ao hospital para fazer procedimentos cirúrgicos custeados pelo SUS a colaborar com as investigações procurando a Promotoria de Justiça do município, prestando informações que possam auxiliar na apuração dos fatos e responsabilização dos autores.
O g1 entrou em contato com o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), mas até a publicação desta reportagem, não houve retorno.
Por g1 Itapetininga e região, TV TEM