Ela estava internada na Santa Casa com pneumonia, e seu teste de Covid-19 deu negativo
Morreu na tarde da última quinta-feira, 22 de abril, a poetisa avareense Marília Pires Ward, aos 90 anos de idade. Além de lindíssimos poemas, ela foi a voz feminina pioneira do rádio de Avaré. Ela foi esposa do saudoso Elias de Almeida Ward, que faleceu em 2013.
Segundo familiares, Marília estava internada na Santa Casa de Misericórdia há 12 dias, vítima de pneumonia. Ela fez teste de Covid-19 e o resultado foi negativo.
Sua sobrinha, a vereadora em segundo mandato professora Adalgisa Ward lamentou sua morte. “Acaba de desencarnar minha tia Marília Pires Ward. Que seja amparada pela espiritualidade com a permissão de Deus. Mulher inteligente, culta, que lutou junto com seu marido, Elias Ward, pela nossa querida cidade. Vá em paz tia querida”, disse.
O senhor Cláudio Salomão, que é mantenedor da Faculdade Eduvale de Avaré também lamentou a partida da poetisa. “Nossa querida Marília Ward nos deixou. Já deve estar com seu querido Elias, em outro plano espiritual! Obrigado pelas lições passadas e exemplos deixados. Descanse em paz”, escreveu.
Mais amigos, avareenses e familiares publicaram nas redes sociais textos de adeus a senhora Marília.
HISTÓRIA
Em uma página em uma rede social, o historiador Gesiel Júnior destacou que com o marido, Elias de Almeida Ward ela dividiu o microfone e marcou por mais de 30 anos a história da Rádio Avaré, a primeira emissora da cidade, da qual foi diretora. Também ao lado dele abrilhantava cerimônias ao declamar poesias com intensa sensibilidade.
Autora de “Boninas”, coletânea poética que lançou em 1995, Marília Pires era a irmã caçula do célebre escritor J. Herculano Pires, o mais respeitado autor espírita do país.
Tratada carinhosamente como “Pequetita” em família, era amiga pessoal do poeta Cláudio Cortez e prima do memorialista José Pires Carvalho, enquanto foi sempre muito querida pela sua jovialidade e bom-humor.
Em outubro de 2020, Marília abalou-se com a morte repentina do filho caçula Marco Antônio, que vivia em Paulínia. Deixa as filhas Marília e Marina, netos, bisnetos e sobrinhos.