A professora da Escola Municipal Luiz Gonzaga Dias Monteiro de Itapeva (SP) havia sido presa, mas foi solta pela Justiça. Um idoso preso suspeito de abusar de quatro alunas, todas de 14 anos, também foi denunciado.
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) denunciou à Justiça a professora de 44 anos suspeita de favorecer atos de abuso sexual contra quatro alunas de uma escola municipal de Itapeva (SP). O idoso, de 65 anos, acusado de se relacionar com as menores também foi incluído na denúncia.
A Promotoria de Justiça do município protocolou a denúncia na segunda-feira (13), um mês após a prisão dos suspeitos, que podem responder por estupro de vulnerável, importunação sexual e corrupção de menores com favorecimento da prostituição.
Segundo a Polícia Civil, os abusos ocorreram em outubro de 2022 e foram denunciados pelas famílias das adolescentes.
Conforme a denúncia, a professora da Escola Municipal Luiz Gonzaga Dias Monteiro levava quatro estudantes para uma chácara, onde eram abusadas pelo idoso em troca de dinheiro.
Ainda de acordo com o promotor, em uma das vezes, a professora ofereceu bebidas alcoólicas a uma das adolescentes. A investigação também aponta que as menores eram obrigadas a assistirem vídeos eróticos e uma delas chegou a ser beijada à força pela professora.
As alunas, segundo a denúncia, eram ameaçadas pela professora para não contarem aos pais sobre os abusos.
A professora foi presa pela Delegacia de Investigação Geral (DIG) em Sorocaba (SP) no dia 12 de janeiro, mas a Justiça concedeu liberdade à acusada. O MP também apresentou recurso contra a decisão de soltura. O idoso continua preso preventivamente.
O g1 tentou contato com TJSP, mas não obteve resposta até a conclusão desta reportagem.
Em nota, a prefeitura de Itapeva afirmou que a professora foi afastada assim que a denúncia foi recebida, e que um acompanhamento em rede também está sendo feito pela Secretaria Municipal da Educação, do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA), do Conselho Tutelar e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social para garantir os direitos e defesa das alunas.
A prefeitura ainda ressaltou que as vítimas foram acolhidas pela Escuta Especializada, que irá encaminhá-las para os tratamentos necessários.
Informações: g1 Itapetininga e Região