Aos 36 anos, Dra. Amanda Bergamo Bueno, de Fartura, é ginecologista, obstetra, filha do saudoso José Antônio Bueno de Souza e Maria Cleide Bergamo Bueno, esposa de Luiz Antônio e mãe do pequeno Mansueto, de quatro meses. Uma mulher que vive, todos os dias, a beleza e a complexidade do que é cuidar de outras mulheres – agora com um novo olhar, ainda mais sensível, depois que a maternidade passou a fazer parte da sua própria história.
O amor pela medicina nasceu de forma inesperada. Foi no segundo ano de enfermagem, em meio às aulas práticas, que Amanda sentiu que precisava mudar de rumo. Trancou a faculdade e mergulhou de cabeça no sonho de cursar medicina. Foram cinco anos intensos de cursinho até a tão esperada aprovação.
Durante a graduação, foi nas cirurgias ginecológicas e nos cuidados com a saúde da mulher que ela se encontrou. E, assim, nasceu a médica que tantas mulheres já conhecem: acolhedora, determinada e apaixonada por transformar vidas.
Mas foi com a chegada de Mansueto que Amanda renasceu.
“O amor pela profissão continuou, mas a vida ganhou outro sentido”, conta emocionada.
Voltar a trabalhar 20 dias após o nascimento e operar com 30 dias de pós-parto não foi fácil. Entre um atendimento e outro, ela amamentava. Em muitos momentos, a força veio da sua base: sua mãe, que hoje cuida com carinho diário do neto, e seu marido, parceiro constante, especialmente nas madrugadas de plantão.
“Minha mãe sempre foi meu alicerce. Foi ela quem me fez continuar nos dias mais difíceis da faculdade. E agora, ela se doa totalmente ao meu filho. É uma mulher que me inspira todos os dias.”
Amanda também fala do puerpério com propriedade e empatia:
“Depois que passei pelo parto e puerpério, eu vi como esse período é delicado. A mulher se entrega, mesmo com dor, com sono, com medo. E precisa estar bem para cuidar. Hoje, eu consigo entender isso de uma forma completamente diferente.”
Quando questionada sobre como era ser obstetra antes de ser mãe, Amanda sorri:
“Antes, eu ouvia o primeiro choro e achava lindo. Agora, eu escuto aquele choro e me emociono. É como se eu sentisse na alma. É um privilégio fazer parte desse milagre da vida.”
No mês das mães, a história de Amanda nos lembra que a maternidade transforma. E que, apesar de todos os desafios, ela também ilumina. Ilumina o olhar, o coração e até mesmo o modo como se exerce uma profissão.
- Fartura