De acordo com o diretor clínico da Santa Casa, com a ocupação de todos os leitos para Covid, não há mais onde colocar os pacientes com necessidade de internação
A equipe da Santa Casa de Itaí está assustada com o caos que tomou conta do local, pois informou na segunda-feira, 1º de março, que todos os leitos destinados para pacientes com a covid-19 estavam ocupados.
Na unidade de saúde, que não há Unidade de Terapia Intensiva (UTI), existem cinco leitos de enfermaria já ocupados e dificuldade na reposição de oxigênio para os pacientes.
De acordo com o diretor clínico da Santa Casa, o médico Marcilio Lopes de Queiroz Junior, com a ocupação de todos os leitos para covid, não há mais onde colocar os pacientes com necessidade de internação.
"Estamos tentando remanejar e ver se alguém ainda precisa continuar internado", explica.
Conforme a secretária de saúde da cidade, a dentista Juliete de Sousa Santos, o problema atual que atinge o município é grave e de responsabilidade de todos. Segundo ela, faltam vagas na Santa Casa e faltam vagas no Cemitério Municipal.
Até esta segunda-feira (1º), o total de casos positivos de covid-19 em Itaí era de 610. Destes, oito morreram.
"Se precisarem de UTI, não teremos. Se precisarem de oxigênio ou leitos, não teremos, pois estamos com 100% da taxa de ocupação. Além disso, e falo com o coração partido, infelizmente estamos com dificuldade de encontrar vagas até mesmo no Cemitério Municipal para moradores que morreram pela covid-19", explica.
O município de Itaí tem como referência hospitais em Avaré e Botucatu, que oferecem assistência em casos de dificuldades.
"A saúde está deficiente, tem muitas pessoas afastadas por serem de grupo de risco. Com isso, trabalhamos com número reduzido de pessoas. Além disso, muitas delas estão trabalhando há cerca de três anos sem férias e agora, nesse período, também não podendo tirar por vocês, para estarem aqui e resguardarem a vida das pessoas", diz Juliete.
Em nota, a Santa Casa pede para que a população respeite o isolamento social, assim como as práticas sanitárias para evitar a proliferação do novo coronavírus. (Fonte G1)