Estagiária de 18 anos registrou ocorrência contra o assessor de imprensa do município; prefeitura abriu processo administrativo para apurar o caso
A Prefeitura de Taquarituba (SP) informou que afastou o assessor de comunicação, denunciado por uma estagiária por importunação sexual, de suas de funções a partir desta terça-feira (17).
Segundo o boletim de ocorrência, uma estagiária de 18 anos contou que o homem se masturbou na frente dela dentro da sala oficial de imprensa, na quinta-feira (12). O funcionário negou as acusações e disse que vai entrar com um processo por calúnia, pois, segundo ele, a denúncia é "infundada".
Com a determinação da prefeitura, o assessor ficará afastado de suas atividades por 60 dias, havendo a possibilidade de revogação a qualquer momento.
A prefeitura também informou que abriu um processo administrativo disciplinar para apurar as acusações do assédio sexual, ocorrido na sala de imprensa oficial. Além disso, reforçou que repudia qualquer tipo de assédio.
DENÚNCIA DE ASSÉDIO
Conforme o boletim de ocorrência, a estagiária relatou que, no dia 12 de agosto, o assessor aproveitou o momento em que os dois estavam sozinhos e começou a se masturbar na frente dela, debaixo da mesa, e pediu para que ela o ajudasse.
Ainda segundo o relato da jovem à polícia, constrangida e em choque com o ocorrido, ela saiu do local, alegando que precisava tomar a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Mesmo assim, a estagiária contou aos policiais que o funcionário insistiu para que ela ficasse.
No BO também consta que a jovem retornou à prefeitura mais tarde para buscar uma bolsa e pedir demissão. A jovem disse à polícia que contou sobre o assédio para o seu superior, quando questionada sobre o motivo da decisão, e afirmou que iria registrar a ocorrência contra o assessor.
O pai da estagiária contou que apoiou a filha a registrar a ocorrência para que outras meninas não passem pela mesma situação. Ele disse que a jovem estava animada com o primeiro emprego, mas ficou traumatizada com o ocorrido e teve que passar por atendimento psicológico.
"Tenho três filhas e nunca imaginei que isso poderia ocorrer dentro de uma prefeitura. Para mim, esse era um lugar seguro", lamentou o pai.
A Polícia Civil informou que vai ouvir todos os envolvidos e investigar o caso. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o caso foi registrado como importunação sexual na delegacia de Taquarituba e será instaurado um inquérito policial. (Matéria do G1)