Adriano Domingues da Costa, que foi detido em Alumínio (SP) na quarta (19), passou por audiência de custódia nesta quinta-feira (20), em Boituva (SP), e permaneceu preso. Segundo a Polícia Civil, ele vai responder por dupla tentativa de homicídio.
O empresário Adriano Domingues da Costa, que foi detido por atirar contra o carro de um casal após uma briga de trânsito na rodovia Castello Branco, em Boituva (SP), na sexta-feira (14), teve a prisão mantida pela Justiça após passar por audiência de custódia nesta quinta-feira (20).
Segundo a polícia, o resultado da audiência de Adriano é de que ele permaneça em prisão temporária e seja transferido para a cadeia de Capão Bonito (SP) ainda nesta quinta-feira, onde deve ficar pelos próximo 30 dias.
Um vídeo feito pelo casal Gabrielle Gimenez e William Isidoro, que teve o carro alvejado pelo empresário, mostra o momento do ataque (veja abaixo). As imagens feitas pelas vítimas de dentro do carro blindado mostram quando o empresário se aproxima, saca a arma e atira. Ninguém ficou ferido.
Adriano estava preso na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itapetininga (SP) e deve responder pelo crime de dupla tentativa de homicídio.
Em depoimento à Polícia Civil, Adriano alega que foi perseguido pelo casal, além de que teria visto armas no carro das vítimas e que a arma disparada não era dele, ele apenas usava o objeto quando ia para a chácara porque já foi assaltado.
Adriano ainda deve passar por exame no Instituto Médico Legal (IML) nesta quinta-feira.
Prisão em Alumínio
O atirador foi preso em Alumínio, no início da tarde de quarta-feira (19), enquanto estava a caminho da delegacia de Itapetininga (SP), onde iria se entregar.
De acordo com o delegado assistente da DIG, Franco Augusto Costa Ferreira, no depoimento, Adriano disse que se sentiu constrangido, ameaçado e perseguido e isso teria motivado a conduta dele.
"Ele diz que houve uma perseguição intensa, inclusive ele quer, de certa maneira, transferir a responsabilidade dele para as vítimas. Porque ele fala que ele teria visto armas em poder da vítima. E essas armas não aparecem em nenhum momento nas imagens. Nós não temos conhecimento de que as vítimas estavam portando arma naquele momento. Isso é uma ligação dele, isolada", informa.
A esposa de Adriano, que também estava no carro, será ouvida na condição de testemunha até sexta-feira (21). Segundo o delegado, a arma vai passar por perícia, assim com o carro das vítimas, que foi entregue em São Paulo, capital. O inquérito deve ser concluído em 30 dias.
Em entrevista ao programa "Encontro", da TV Globo, na segunda-feira (17), o casal Gabrielle Gimenez e William Isidoro disse que o homem teria batido na lateral do carro deles. William também informou que é instrutor de tiro, e alegou que os dois não portavam nenhuma arma no momento do ocorrido.
Por TV TEM