Uma decisão controversa na Câmara de Vereadores de Avaré gerou descontentamento entre a população, após o arquivamento de um Projeto de Lei (PL) de autoria do prefeito Jô Silvestre. O PL, se aprovado, prometia trazer inúmeros benefícios para a comunidade, mas foi barrado, contrariando à vontade expressa pela maioria da população durante uma audiência pública recente.
O prefeito Jô Silvestre lutou por anos junto ao corpo jurídico da Prefeitura para declarar de utilidade pública uma área de terras próxima ao Bairro Duílio Gambini. Durante as tratativas, o chefe do Poder Executivo concordou em quitar uma dívida de mais de R$ 3,2 milhões com credores dessa área de terras, conforme documentação apresentada abaixo da matéria.
Audiência Pública e Apoio Popular: Durante a audiência pública, a grande maioria dos presentes expressou seu apoio à venda de um terreno, reconhecendo o potencial de melhorias que essa ação poderia trazer para Avaré. No entanto, a oposição, com o voto de Moacir Lima, obteve a maioria, resultando no arquivamento do PL.
Apenas cinco vereadores foram favoráveis ao projeto: Ana Paula, Flávio Zandoná, Lazão, Magno Greguer e Roberto Araujo. Os demais vereadores Professora Adalgisa Ward, Tenente Carlos Wagner, Diretora Bel Dadário, Léo Ripoli, Dr. Hidalgo (advogado), Despachante Luiz Claudio, Marcelo Ortega e Moacir Lima votaram para arquivar o projeto, levando a uma decisão que vai contra a vontade expressa pela comunidade.
A área em questão, avaliada em aproximadamente R$ 24 milhões, é vista como uma oportunidade para gerar recursos para investimentos em infraestrutura. O Projeto de Lei propunha uma série de benefícios, incluindo a revitalização do Lago Bertha Banwarth, a restauração do Horto Florestal, a recuperação da fonte luminosa do Largo São João, e a construção de uma nova creche para os moradores do bairro Terras de São José, além de um posto de saúde para atender a população de Barra Grande (acompanhe lista completa abaixo). Diversas ruas também seriam pavimentadas, proporcionando maior qualidade de vida aos moradores de várias regiões da cidade.
O terreno, conforme explicou a equipe administrativa durante audiência, ficará sem utilidade, já que prover a infraestrutura do local, custa muito caro para os cofres públicos, algo em torno de R$ 20 milhões.
Para o vereador Roberto Araujo, a venda dessa área de terras traria benefícios imediatos para milhares de avareenses. Ele enfatizou que aqueles que se opõem à venda estão contra o interesse da população de Avaré. Roberto Araujo também ressaltou o interesse de empresários em adquirir essa área de terras para construir casas do Programa Minha Casa Minha Vida, beneficiando a população de baixa renda. A decisão da Câmara de Vereadores de Avaré levanta questões sobre a representação da vontade popular e destaca a importância do diálogo entre a comunidade e seus representantes.
- Avaré