Desde a pandemia, adoções de cães e gatos que foram resgatados e ajuda que abrigo recebia diminuíram. Responsável pelo local em Bauru (SP) diz que gastos somam mais de R$ 20 mil.
Um abrigo localizado em uma chácara de Bauru, no interior de SP, luta para sobreviver e continuar resgatando cães e gatos desabrigados e doentes. Isso porque o valor para conseguir manter as atividades já passa de R$ 20 mil por mês.
A chácara de três colaboradores que lutam pela causa animal já soma 100 gatos e cerca de 90 cachorros.
Ao g1, o músico e administrador do abrigo, Vinícius Hegyssey, de 45 anos, diz que em outros dois locais, ainda abrigam 50 cachorros e mais 120 gatos. No total, são mais de 300 animais que dependem desses cuidados.
"Vivemos em função dos animais, a prioridade são eles. Nós temos convênio com veterinários que fazem preço mais barato, com o dinheiro das doações nós pagamos a ração e o aluguel da chácara. Por isso, sempre fazemos apelo nas redes sociais", ressalta.
Contudo, desde a pandemia, as adoções de cães e gatos, bem como toda a ajuda que eles recebiam, diminuíram.
Por não contar com o apoio do poder público, Vinícius ressaltou que toda a ajuda de ração, aluguel da chácara que funciona como abrigo e despesas veterinária vêm por meio de doações nas redes sociais.
Por mês, segundo Vinicius, o abrigo gasta em torno de R$ 6 mil com atendimentos veterinários, de R$ 800 a R$ 1,2 mil com energia elétrica, R$ 1,5 mil com o aluguel da chácara e R$ 13 mil com ração. Vinicius ainda ressaltou que eles possuem uma dívida de mais de R$ 13 mil com a companhia de energia.
"Temos um problema com a companhia de energia. Nossa conta vem todo mês entre R$ 800 e R$ 1.200. Já pedimos revisão de valores, troca de relógio, mas não fizeram nada. Fizemos mais de 10 pedidos, mas não trocaram, e não temos como pagar esse valor, então as contas vão acumulando", lamenta.
Vinícius contou que a história com os animais começou há 15 anos, envolvendo a sogra e a esposa dele. Ele diz que os investimentos do abrigo e a falta de apoio de outros colaboradores fizeram com que os administradores optassem por pausar os resgates.
No momento, privilegiam manter os animais que já dependem dos seus cuidados com os valores mensais enviados pelos poucos "padrinhos". Para ajudar o abrigo, os colabores disponibilizaram as redes sociais.
Informações: g1 Bauru e Marília