Um quadro da artista avareense Djanira da Motta e Silva (1914-1979), que retrata três divindades africanas, voltará a ser exibido no Salão Nobre do Palácio do Planalto, segundo a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja.
A pintura Orixás foi retirada da sede do Poder Executivo Federal durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022).
A informação foi comunicada à imprensa durante a posse da ministra da Cultura, Margareth Menezes. De acordo com Janja, a pintura foi avariada.
“Havia um furo feito de caneta na tela. Mas vai voltar ao local que pertence, o Palácio do Planalto. Vai estar numa exposição agora em janeiro, mas vai voltar. Aliás, faremos todo o trabalho de recomposição do acervo, vamos tratar isso com muito carinho”, disse.
O Salão Nobre, maior espaço do Palácio do Planalto, é usado para eventos de grande porte, como posses de ministros e recepções a chefes de Estado. Também chamado de Salão dos Espelhos por ter uma parede completamente espelhada, o local quase não tem mobília em toda a sua extensão.
Era ali que ficava Orixás, uma obra dos anos 1960 que foi posta na reserva técnica do acervo (ou seja, no arquivo) e saiu da exposição pública nos anos Bolsonaro.
A pintura vai em breve ser exibida na exposição Brasil Futuro: As Formas da Democracia, que entra em cartaz no Museu Nacional da República, em Brasília.
Medindo 3,61 metros de largura por 1,12 metro de altura, Orixás foi pintado por Djanira em 1966 e teria valor estimado atualmente entre R$ 1 milhão e R$ 4 milhões.