Na próxima segunda-feira (6), a Câmara de Fartura realiza a 15ª Sessão Ordinária de 2025. A expectativa é de que, durante a reunião, sejam analisados questionamentos que envolvem a Prefeitura de Fartura e também o vereador Luiz Timburi (PSDB).
O vereador enfrenta duas denúncias distintas. O primeiro questionamento foi protocolado por Lauro Dognani, que contesta a frequência do parlamentar nas últimas sessões legislativas. O denunciante ressalta que o vereador tem se ausentado nas sessões, o que justificaria o encaminhamento do caso ao Conselho de Ética da Casa para apuração.
A segunda, de teor mais grave, foi apresentada por Sérgio Garcia Stella, com base no inciso III do artigo 7º do Decreto-Lei 201/67, que trata de infrações político-administrativas. Segundo o autor, Luiz Timburi teria sido flagrado com a placa do veículo adulterada e envolvido em furto de grama — condutas que, segundo ele, comprometem a imagem do Legislativo e configuram quebra de decoro parlamentar.
Em razão dessa segunda denúncia, será votada na próxima sessão a abertura de um processo de cassação do mandato do vereador. Para que o processo seja instaurado, são necessários cinco votos favoráveis dos parlamentares.
‘Caso Tucunaré’ – Além das denúncias contra o vereador, a Prefeitura de Fartura também será alvo de questionamentos. O cidadão Aguinaldo Jianetti protocolou uma denúncia relacionada ao “caso Tucunaré”, com base em inquérito instaurado pelo Ministério Público a respeito de uma suposta irregularidade envolvendo uma empresa com sede na cidade de Assis, que corre em segredo de Justiça.
“A partir do momento em que aparece uma denúncia na Câmara, a nossa função como vereador é simplesmente fiscalizar”, explicou o presidente da Câmara, Bruno Guazzelli (PSD), em entrevista ao Jornal Nova Voz, da Rádio Nova Voz FM. “Em todos esses anos em que estou vereador, todas as vezes que chegaram denúncias na Câmara, a gente investigou”, completou Bruno, que trabalhou com o atual prefeito durante a campanha nas últimas eleições.
O teor da acusação ainda será detalhado, mas já está prevista a leitura do requerimento de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os fatos. A formação da comissão também deverá ocorrer na mesma sessão, a depender das assinaturas dos vereadores.
A expectativa é que a próxima reunião da Câmara atraia atenção da população, em função da gravidade dos fatos apresentados e dos possíveis desdobramentos políticos.
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