O professor e ex-vereador Osny José Garbelotto, 81 anos, faleceu no final da noite de quinta-feira (30) em Fartura. Ele foi velado na Igreja Presbiteriana e seu sepultamento ocorreu na manhã de sexta-feira (31) no Cemitério Municipal.
Seu Osny, como era conhecido, foi vereador da Câmara Municipal de Fartura por três legislaturas seguidas: 1989/1992; 1993/1997; 1997/2000.
Com um discurso eloquente, Seu Osny foi uns dos vereadores mais atuantes da sua época, pois trabalhava sempre em prol da comunidade e defendendo em especial a classe dos professores, qual fazia parte.
Mesmo antes de se tornar vereador, Seu Osny já atuava politicamente em Fartura e como parlamentar teve como companheiros na Casa de Leis Walter Mazza, Geraldo Santos Ribeiro, Dito Garcia, Toninho Vieira, Zé Manesco, Zezito Vila, Jurandi Dognani, Laércio Cerri, Dinho Alves, Neusa Richter, Rene Ribeiro, entre outros.
Professor de Português e disciplinas ligadas a Língua Portuguesa, o professor Osny também deu aulas de Educação Física e Francês. Seus alunos o consideravam um professor dinâmico, sistemático, compreensível e amigo. A Escola Monsenhor José Trombi foi sua casa na vida de docente, porém foi professor na Zona Rural também.
Torcedor do São Paulo fanático, Seu Osny organizou as comemorações dos principais títulos do seu time do coração em Fartura. Também gostava de jogar futebol (centroavante) e já foi técnico de times da cidade. Ele ainda participou de diretorias de entidades e associações do município.
Nas redes sociais, familiares, amigos, admiradores e alunos fizeram questão de homenagear Seu Osny, que deixa a esposa Reaci, filhos Clayton, Vanessa e Cleber e netos Laura, Agatha, Davi, Otávio e Estêvão.
HOMENAGEM DA FAMÍLIA
OSNY JOSÉ GARBELOTO Sobram histórias, passagens, contos, ensinamentos, exemplos... Quantos alunos e amigos deixados estão órfãos hoje! Quantos colegas de profissão e da política perderam um grande companheiro! Quantos deixarão de receber o aceno, de ouvir contos nas filas dos bancos, do supermercado, da farmácia... Quantos outros deixarão de ser recebidos no terraço de sua casa para um bate papo... Um sem número de gente com algo dele para contar, por vivência, das várias fases de sua vida, como jogador e técnico de futebol, professor de francês, de educação física, de gramática e de literatura, dos tempos de escola rural, de presidente do Centro Social, das Festas de Fartura. Dos anos gloriosos de Galo da Serra, da época em que foi vereador, das bolsas de estudo conseguidas em Itapetininga, do tempo em que já estava aposentado... O que lhe era incumbido de fazer, fazia com dedicação, com zelo! Mas poucos poderão contar as histórias do pai, do avô... Do grande desgaste dos anos de viagens para ministrar aulas em cidades da região, dos infinitos finais de semana sacrificados para corrigir provas e preparar aulas, das inacabáveis datilografias de provas em folhas de stencil para rodar mimeógrafo do Trombi na manhã da segunda-feira, das enxaquecas, tudo feito para conseguir prover o futuro da família, e poder, como de fato pôde, curtir a aposentadoria tomando os pequenos netos logo depois dos almoços de sábado para contar-lhes histórias na cama até adormecerem (quando o próprio não dormia antes), comprar pequenos brinquedos barulhentos nas lojas de R$1,99 apenas para ver o brilho nos olhos e o sorriso no rostinho de seus netos, da bagunça que fazia para fritar um bife, da verdadeira lambança na cozinha ao fazer o frango a passarinho acebolado, do apego e instinto de proteção à família. Neste momento, quando a tristeza por ver seu sofrimento superou a dor da falta que sentiríamos, vimos que o seu descanso seria o melhor. Ao pai, ao professor, ao presidente do Centro Social, ao vereador, ao técnico, ao centroavante, ao cidadão, mas principalmente ao nosso querido Vô Ni, nossa eterna saudade e a certeza de que sua história não passará despercebida! História longa, grande, rica, que nós jamais conseguiremos repetir!