A história de Patt Braga começa em um vale no sertão da Paraíba, onde o calor do sol e a calma da vida rural moldaram sua alma.
“Eu cresci em um lugar onde o tempo parecia parar. A vida simples do sertão me ensinou o valor da calma e da força interior,” relembra ela.
Ainda jovem, Patt se mudou para São Paulo, onde o Grande ABC tornou-se seu novo lar.
“Cheguei a São Paulo com os olhos cheios de esperança. Minha família e eu viemos em busca de um sonho, e o que encontrei foi uma cidade cheia de contrastes. O Grande ABC me deu a chance de crescer, mas também me mostrou como o esforço é necessário para conquistar um espaço nesse mundo,” diz ela sobre a vida na periferia.
Filha de um metalúrgico e de uma mulher forte, Patt aprendeu desde cedo que a luta era parte de sua trajetória.
“Eu cresci com a certeza de que, mesmo com pouco, era possível sonhar. Minha mãe me dizia que o sonho é a única coisa que ninguém pode nos tirar, e eu nunca esqueci disso, isso foi um marco importante na minha vida, a realização de um sonho que parecia distante, mas que se tornou realidade,” lembra com gratidão.
Guiada por essa crença, Patt dedicou-se aos estudos e, com muito esforço, conquistou seu diploma em Serviço Social pelo ProUni.
A vida, no entanto, sempre reserva reviravoltas. Após um assalto em Diadema, Patt sentiu que era hora de mudar.
“Naquele dia, algo dentro de mim me disse: ‘É hora de recomeçar.’ Foi como se a vida me chamasse para um novo caminho,” relata.
Determinada a buscar uma nova realidade, ela prestou doze concursos públicos para cidades do interior paulista e foi aprovada em dez. Entre tantas opções, foi Fartura que tocou sua alma.
“Quando passei pela Rua Barão do Rio Branco e vi aquelas casas com vidraças sem grades, algo dentro de mim se acalmou. Senti uma liberdade e uma paz que nunca havia experimentado antes. Foi ali que percebi que Fartura seria meu novo lar,” diz Patt.
Em 2014, ela tomou sua decisão e se mudou para a cidade. Desde o primeiro dia, sentiu-se acolhida. “
Eu estava sentada na ‘Lan House da Diva’ quando uma senhora se aproximou e perguntou: ‘Ah! Você é a assistente social de fora?!’ E naquele momento, algo em mim se acendeu. Foi como se Fartura estivesse me dizendo: ‘Seja bem-vinda,’” lembra Patt, com emoção.
Ao longo dos anos, ela construiu uma trajetória sólida e impactante na assistência social da cidade, atuando por uma década no apoio às famílias e no desenvolvimento de políticas públicas. Em 2025, sua caminhada ganhou um novo capítulo quando recebeu o convite para integrar o quadro da educação.
“Foi um chamado que aceitei com alegria, porque acredito que a escola é um dos espaços mais importantes para transformar vidas. Aqui, sigo minha missão de acolher e cuidar das pessoas,” afirma.
Hoje, Patt olha para Fartura com gratidão e pertencimento. “Aqui, onde o canto das aves é uma melodia constante, encontrei o meu lugar. Fartura me deu o que eu procurava: paz e a sensação de estar em casa. Como se a vida tivesse me guiado até aqui para que eu pudesse finalmente viver o que sempre sonhei,” reflete com um sorriso.
“Fartura é mais do que uma cidade. É um pedaço da minha alma. Um lugar onde, finalmente, meu coração encontrou descanso,” conclui Patt, com a certeza de que a vida, guiada pela fé e coragem de mudar, sempre nos leva exatamente onde precisamos estar.
PATT BRAGA HOJE - Patt Braga é assistente social da educação, casada com o Prof. Rafael Garcia, mãe de coração de Pedro e madrasta de João. Com uma trajetória de 10 anos na Assistência Social de Fartura, dedicou-se ao acolhimento e desenvolvimento de políticas públicas voltadas para o bem-estar da comunidade. Em 2025, recebeu o convite para integrar o quadro da educação, onde aplica sua experiência para fortalecer o suporte socioemocional de alunos e famílias, promovendo inclusão e desenvolvimento dentro do ambiente escolar.