Assassino estava separado da mãe das crianças, mas não aceitava o término
Uma tragédia chocou todo Brasil na última terça-feira (24), quando duas crianças foram mortas pelo próprio pai em uma casa no Jardim Santa Rita, em Taquarituba.
As filhas, de 5 e 6 anos de idade, foram mantidas reféns pelo pais, que desde o início da tarde ameaçava explodir a casa com um botijão de gás que teria aberto.
Segundo policiais, foram mais de cinco horas de negociação com o homem, tendo até apoio do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate).
E as horas passavam e o assassino falavam que as filhas estavam amarradas, mas não mostrava as crianças para equipe.
Dois fatores foram preponderantes para os investigadores concluírem que as meninas já se encontravam sem vida: foi solicitada prova de vida ao homem e não foi atendida, além do fato de que não havia movimentação das crianças dentro da casa, identificado com a ajuda de equipamentos que fazem a leitura corporal através das paredes.
Com isso, já no início da noite a polícia realizou operação para a detenção do homem, que foi preso, encaminhado ao Pronto Socorro e responderá legalmente pelos crimes.
O tenente-coronel José Luiz Gonçalves, comandante do 4º Batalhão de Choque da Polícia Militar disse que as crianças apresentaram cortes e contusões no pescoço e tinham sinais de óbito há algumas horas. O pai estava armado com uma faca, mas não foi possível concluir se a arma foi usada nos crimes.
ENTENDA O CASO
O homem, que era pai das meninas tinha ido atrás da ex-mulher na noite anterior, pois não aceitava o fim do relacionamento. Ele acabou dormindo na casa e teria de levar as crianças cedo na escola. Mas, isso não ocorreu.
E os vizinhos perceberam um vazamento de gás na residência e acabaram notificando as autoridades, foi quando no início da tarde uma equipe da Rádio Pontual FM fez uma transmissão ao vivo reportando uma residência em que um pai se trancou com as duas filhas na casa e ameaçou explodir o local abrindo o botijão de gás.
Equipes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e do Samu se deslocaram até o lugar em um primeiro momento, assim como a mãe das crianças.
Segundo o capitão da PM que estava no local no início da ocorrência, o homem aparentava ter sintomas de depressão. Ele se aproximou da janela da residência em alguns momentos, mas não foi possível uma negociação.
O local foi isolado devido ao perigo potencial de um grande vazamento de gás e o trânsito impedido na região durante toda a tarde, fechando as ruas próximas. Reforços policiais foram chegando ao local no decorrer das horas, bem como o helicóptero Águia da PM e caminhões de água.