Conselho Tutelar foi até a casa, em Cerquilho (SP), depois de receber áudio no qual um homem grita e ameaça bater na criança. Segundo o padrinho, ele estava repreendendo o menino por causa de tarefas da escola, mas não houve agressão física.
Um menino de oito anos foi retirado da casa dos padrinhos depois que o Conselho Tutelar recebeu uma denúncia de maus-tratos em Cerquilho, no interior de São Paulo.
De acordo com o órgão, agentes foram até a casa depois de receberem um áudio no qual é possível ouvir um homem gritando e ameaçando bater na criança.
Segundo as denúncias, o áudio foi gravado por vizinhos na noite de quinta-feira (2), enquanto o padrinho ensinava o menino a fazer as tarefas da escola.
O Conselho Tutelar informou que, apesar das ameaças, o menino não tinha ferimentos e negou ter sido agredido pelos familiares. Mesmo assim, devido ao conteúdo do áudio, ele foi levado para a casa do pai e dos avós paternos, que foram orientados a regularizar a guarda da criança.
Ainda conforme o Conselho Tutelar, o menino está sendo monitorado pelo órgão e pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). O Ministério Público foi comunicado sobre o caso.
Ao g1, a Promotoria de Justiça de Cerquilho afirmou que deve receber em breve as providências adotadas pelo Conselho Tutelar e que pode requisitar a instauração de inquérito policial para investigar as denúncias, caso o órgão ou a família do menino não registrem boletim de ocorrência.
O MP disse ainda que os adultos "poderão responder por crime de maus-tratos contra a criança, em razão das ameaças, ofensas e eventual agressão física, se for o caso".
Já a Polícia Civil de Cerquilho disse que ainda não foi comunicada sobre a denúncia.
O que diz o padrinho
O g1 também entrou em contato com o padrinho do menino, que afirmou que as frases ditas por ele no áudio foram tentativas de repreender a criança, que estava com problemas na escola.
Ele também esclareceu que não houve nenhuma agressão física e que, apesar do conteúdo do áudio, tem uma boa relação com o afilhado.
"No momento, achei certo fazer desse jeito, mas depois eu vi que não adianta ameaçar, nem gritar", relatou.
Fonte: G1