O vereador avareense pede a paralisação de todas as escolas, seja na rede estadual, municipal e privada de ensino
O vereador avareense Marcelo Ortega (Podemos) protocolou na quinta-feira, 11 de março, um ofício no Ministério Público do Estado, onde solicita a imediata suspensão das aulas no município, sendo na rede estadual, municipal e privada de ensino. Tudo isso, por conta do pior momento da pandemia do covid-19 no Brasil e a cidade de Avaré que vem enfrentando seguidas mortes pela doença, além de estar com leitos da Santa Casa 100% ocupados, tendo ainda pessoas esperando vagas no Pronto Socorro.
O Governo de São Paulo anunciou novas medidas restritivas para as escolas públicas e privadas, das redes estadual e municipal, com o objetivo de proteger alunos e suas famílias, professores e funcionários das escolas.
Porém, em Avaré, tramita no Juízo da Vara da Infância e Juventude um processo onde existe uma determinação para o retorno das aulas presenciais, sob pena do Chefe do Poder Executivo responder pela prática de ato de improbidade administrativa.
O vereador destaca em seu ofício o agravamento da pandemia na cidade, com pacientes internados no Pronto Socorro Municipal devido à falta de vagas na Santa Casa de Misericórdia. “Diante do agravamento da pandemia com o aumento significativo de infecções, da fila que já se forma para um atendimento no Pronto Socorro municipal e a ocupação total dos leitos de UTIs em Avaré, a situação requer um cuidado maior com a saúde pública e com a vida”, frisa Ortega.
Ele alerta ainda para a situação da saúde em Avaré, que estaria à beira do colapso. “A expectativa e os prognósticos são alarmantes e preocupantes e apontam para uma breve falta de estrutura para acolher a demanda. Significa dizer que pessoas não alcançarão acesso a um atendimento, internação e UTIs, e poderão morrer em filas dramáticas e cruéis, em Avaré”, diz.
Ele ainda disse que na quinta-feira, 11, conversou com provedor da Santa Casa, Miguel Chibani, na qual estaria enfrentando dificuldade de comprar alguns insumos, devido à falta no mercado dos produtos.
“Hoje de manhã conversei com o provedor da Santa Casa de Avaré que me disse estar faltando insumos e que não tem disponível no mercado anestésico para sedação. É um prenuncio de um possível colapso no sistema local de saúde pública, lamentavelmente”, lamenta.
Ele destacou também que já solicitou, por diversas vezes, a suspensão das aulas, porém a resposta que recebeu foi que a Prefeitura estaria impedida de promover a suspensão, justamente devido a uma determinação da Vara da Infância e Juventude de Avaré.