Corpo de Kathia Oliveira, de 22 anos, foi encontrado a cerca de 1 km do local onde o carro dela foi achado três dias antes, entre Águas de Santa Bárbara e Iaras (SP). Polícia segue com as investigações.
A jovem de 22 anos que foi achada morta no Rio Novo três dias depois de ligar para o pai e contar que tinha sofrido um acidente, no interior de São Paulo, morreu de asfixia por afogamento, conforme o laudo necroscópico.
O corpo de Kathia Fernandes Oliveira foi encontrado no dia 13 de janeiro dentro do Rio Novo, a cerca de um quilômetro do local onde o carro dela havia sido localizado no dia 11, entre Águas de Santa Bárbara e Iaras (SP). Segundo a irmã, a jovem não sabia nadar.
O laudo necroscópico, que apontou a causa da morte de Kathia, ficou pronto na semana passada, mas o resultado foi divulgado pela Polícia Civil nesta quinta-feira (3). Conforme o documento, não foi constatada a presença de traumas na jovem.
De acordo com o delegado Omar Zedan Vieira, responsável pelo caso, até o momento, as investigações apontam para um acidente de trânsito provocado pela própria vítima. Segundo ele, por enquanto não há indícios de que outra pessoa esteja envolvida na ocorrência.
Durante as investigações, a Polícia Civil chegou a ouvir o rapaz de Iaras com quem Kathia iria se encontrar antes de desaparecer e também o ex-namorado dela, de Manduri. No entanto, o delegado ressaltou que eles não são considerados suspeitos.
Agora, a Polícia Civil aguarda algumas informações solicitadas à delegacia de Óleo, cidade onde a vítima morava, para concluir o inquérito.
Desaparecimento
Segundo o boletim de ocorrência, a jovem, que morava em Óleo, disse à família que iria dar uma volta na noite do dia 10 de janeiro e logo retornaria para casa. Pouco tempo depois, o pai recebeu a ligação da filha contando que tinha sofrido um acidente.
“Um morador de Iaras disse que tinha marcado um encontro com Kathia, mas que ela não tinha aparecido. Ele até mostrou uma mensagem que Kathia enviou para ele, dizendo que estava abastecendo o carro e logo chegaria”, conta a irmã da jovem.
Taimara Souza contou ao g1 que foi até o posto de combustíveis onde a família costuma abastecer, em Manduri, e que funcionários confirmaram que Kathia passou pelo local.
Um vídeo gravado pela câmera do estabelecimento mostra quando um carro vermelho entra no estabelecimento às 21h48 e para ao lado da bomba (veja acima). Segundos depois, a motorista é atendida e aparenta estar sozinha no veículo.
Segundo a polícia, não é possível considerar exatamente o horário da câmera de segurança do posto de combustíveis e funcionários disseram que Kathia passou pelo posto por volta das 20h30.
A família informou que às 20h49, a jovem fez a ligação para o pai, contando que tinha sofrido um acidente. No entanto, a irmã disse que a ligação estava ruim e que não conseguiu retornar a chamada.
Por conta disso, parentes começaram a fazer buscas, refizeram o percurso de Kathia e, no dia seguinte, encontraram o carro da jovem no Rio Novo, às margens da Rodovia Vicinal Jair Gilberto Campaneti.
Os bombeiros foram acionados e retiraram o veículo do rio (veja no vídeo acima). A corporação de Avaré informou que também fez buscas pela jovem, mas o corpo dela só foi achado três dias depois, na tarde do dia 13.
Kathia foi enterrada no Cemitério Municipal de Óleo, cidade onde ela morava com a avó. De acordo com a família, não houve velório porque o corpo da jovem estava em estado avançado de decomposição.
'Tinha muitos planos'
Ao g1, a irmã de Kathia contou que a jovem trabalhava como operadora de caixa em um mercado perto de casa, mas tinha o sonho de morar na Espanha.
"Ela terminou o Ensino Médio, fez curso de RH, de administração e intercâmbio para a Espanha. Ela tinha muitos planos e sempre falava que o sonho dela era morar na Espanha, que ela adorou conhecer. Também tinha o sonho de comprar uma moto, aproveitar muito a vida e ter as coisas dela", conta.
Segundo Taimara, Kathia era responsável, "nunca deu trabalho" e comprou o carro aos 21 anos para ajudar a família.
"Ver o carro que Kathia batalhou tanto para comprar, daquela forma, foi muito triste. Doeu muito", relata.
Fonte: G1 Itapetininga e Região