Sueli Feitosa foi condenada inicialmente a 29 anos por peculato ao se apropriar de quase R$ 11 milhões da prefeitura, em valores atualizados, entre 2002 e 2016. Ela recorre da sentença em liberdade.
A Justiça analisou o recurso da defesa da ex-tesoureira da prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo, Sueli Feitosa, condenada a 29 anos por desviar quase R$ 11 milhões dos cofres públicos, e reduziu a pena da ex-servidora.
A pena foi reduzida de 29 anos para 21 anos e 8 meses inicialmente em regime fechado, além de multa. Na decisão, a Justiça também manteve as penas dadas os parentes da Sueli, que também foram condenados no mesmo processo. Todos tinham o direito de recorrer em liberdade.
O cunhado Adilson Gomes de Souza e a irmã Camila Pereira Sacramento de Souza receberam penas de 10 anos de reclusão cada um; a mãe, Maria da Conceição Pereira Feitosa, foi condenada a sete anos de prisão em regime semiaberto.
Sueli de Fátima Feitosa, foi condenada em fevereiro do ano passado por ter feito desvios milionários dos cofres da administração municipal. Segundo a Justiça, Sueli Feitosa desviou verba da prefeitura por 2.291 vezes, em valores que somaram R$ 3,76 milhões, cifra que atualizada até a data de denúncia representa um valor de R$ 10,9 milhões.
O esquema foi descoberto após uma denúncia do Ministério Público que foi ajuizada em abril de 2020, quase cinco anos depois de os desvios terem sido descoberto, no fim de 2016.
Sueli chegou a ser presa por cinco meses, mas deixou a penitenciária após conseguir um habeas corpus. Na época, a prefeitura também decidiu exonerar a servidora. O cunhado de Sueli também chegou a ser preso.
Segundo a denúncia na Justiça, Sueli era a responsável pela conciliação bancária das contas mais movimentadas do município.
Com isso, ela inseria no sistema da administração pública os valores que deveriam ter sido depositados no banco. Ela foi denunciada pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Além dela, o Ministério Público denunciou parentes da ex-servidora por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Segundo a investigação, eles compraram imóveis e veículos e eram sócios de empresa que foi aberta com o dinheiro desviado da prefeitura.
Por g1 Bauru e Marília