Crime foi registrado no dia 9 de agosto, em Tatuí (SP), e a prisão de Edinilson Aparecido Lima foi feita nesta quarta-feira (21). Segundo a polícia, ele confessou o crime.
Um dos irmãos de Andreza Schitini, que foi encontrada morta no quintal da casa onde morava com a família em Tatuí (SP), foi preso nesta quarta-feira (21) por suspeita de envolvimento no crime. Edinilson Aparecido Lima, de 48 anos, teria matado a própria irmã e escondido o corpo dela. Segundo a polícia, ele confessou o crime.
O corpo de Andreza, de 35 anos, foi encontrado enrolado a um cobertor do filho e debaixo de sacos de lixos, no dia 9 de agosto. A vítima morava com os dois filhos, a mãe e dois irmãos.
Segundo o delegado Luiz Henrique Nunes, as investigações avançaram após a análise de dados do celular da vítima, que estava espelhado no aparelho do filho. Ele relatou que Andreza estava em uma conversa de WhatsApp que foi abruptamente interrompida por volta de 7h15. O celular permaneceu inativo até 8h40, quando desligou devido à falta de bateria.
Conforme o delegado, imagens de câmeras de segurança mostraram o irmão da vítima deixando a residência às 8h30, contradizendo sua alegação inicial de que estava em uma obra trabalhando como pedreiro.
"Confrontado com as provas, o suspeito confessou o crime, alegando que uma briga por motivos financeiros resultou na morte da irmã", informou o delegado.
A polícia solicitou a prisão preventiva do suspeito ao Judiciário, o pedido foi aceito na noite desta quarta-feira (21), o homem deve ser transferido para uma unidade prisional. O caso foi registrado como feminicídio, destruição e subtração ou ocultação de cadáver.
O caso
A casa onde Andreza morava com a família tem um portão nos fundos que leva a um riacho. Na manhã do dia 7, os familiares saíram para trabalhar e ir à escola, enquanto ela teria ficado em casa dormindo.
Conforme a irmã, Viviana Moraes, todos voltaram para o imóvel naquele dia e se deram conta de que ela não estava lá, mas pensaram que logo voltaria.
Foi na manhã do dia 8 que eles perceberam que todos os pertences de Andreza, entre documentos, celular e chaves, estavam na casa. Além disso, o filho mais velho dela deu falta de seu cobertor verde.
A mãe da mulher registrou um boletim de ocorrência por desaparecimento no dia 9, depois de encontrar o portão do quintal da casa, que dá acesso a um ribeirão, estourado.
Após buscas feitas pela polícia, Guarda Civil Municipal (GCM) e Corpo de Bombeiros, o corpo de Andreza foi encontrado no quintal da casa.
Segundo a irmã, Andreza estava enrolada ao cobertor do filho e debaixo de sacos de lixo, apenas com a cabeça para fora. Havia marcas de estrangulamento, além de um grande ferimento na cabeça.
No quintal da casa da família, havia marcas de que ela teria sido arrastada até uma área de mata, próxima à residência.
A família não encontrou sinais de violência na casa, pois, segundo Viviana, o quarto dela, onde provavelmente o crime teria acontecido, foi limpo e as evidências ocultadas.
"Achamos que foi morta dentro de casa. No quarto dela, o chão tinha sido limpo. A polícia encontrou uma toalhinha de rosto dela em cima do guarda-roupa, com sangue. Era difícil ver porque a pessoa limpou, mas ela foi arrastada até o quintal", contou a irmã.
O corpo de Andreza foi enterrado no dia 10 de agosto, no Cemitério Municipal Cristo Rei.
Por g1 Itapetininga e Região