Em entrevista exclusiva concedida ao Jornal Sudoeste do Estado, os pré-candidatos a prefeito e vice-prefeito pelo PSD José da Costa e Marcão do Haras, detalham suas histórias e visões para o futuro do município. 
Sudoeste do Estado -  Quem é José da Costa? 
Zé da Costa -  O Zé da Costa é nascido na cidade de Ribeirão do Pinhal -PR em 1955, onde comecei a estudar. A convite de um amigo, vim estudar do seminário dos Teatinos aqui em Fartura, em 1967.
Eu venho de uma família muito simples, com sérias dificuldades. Meus pais, Absalon Costa e Leonora Maria de Jesus, tiveram 10 filhos legítimos, mas infelizmente três deles faleceram prematuramente devido às dificuldades e à distância em que vivíamos. Tive um tio que, envolvido com álcool, foi assassinado a facadas em um baile e minha tia ficou sozinha com oito filhos. 
Certo dia, um homem apareceu e “fugiu” com essa tia, deixando seus filhos sob os cuidados dos meus pais. Nossa família, que já tinha sete filhos, passou a abrigar mais oito, totalizando 15 pessoas. Com muita luta, dedicação e carinho, meus pais conseguiram criar todos esses 15 filhos,  com a força de Deus, com a garra e com a raça. 
Sou de família religiosa, Católico Apostólico Romano, e sempre participei ativamente da igreja. Meus irmãos também têm suas crenças: alguns são da Congregação Cristã no Brasil e outros seguem diferentes denominações evangélicas. Sempre lidamos com isso de forma natural, respeitando as escolhas de cada um.
Em 1967, entrei para o seminário, onde permaneci por quase 11 anos, completando o ensino fundamental, médio e uma faculdade de Filosofia. Quando comecei a estudar Teologia, decidi que, em vez de ser um padre frustrado, preferia ser um leigo realizado e atuante. Sinto que essa foi a decisão certa, guiada pela força de Maria e de Deus.
Deixei o seminário ainda inexperiente e comecei a trabalhar no Banco Mercantil de São Paulo, onde subi até a gerência. Posteriormente, fui gerente de uma empresa de tratores. Mudei-me para Fartura e comecei a namorar Célia, com quem estou casado até hoje e com quem pretendo passar o resto da vida.
Em resumo, sou Zé da Costa, formado em Ciências Humanas, com especialização em Filosofia, Sociologia e Psicologia. Meu trabalho sempre foi focado em criar conexões, respeitar e valorizar as pessoas, buscando sempre seu acolhimento e dignidade.
 Sudoeste do Estado -  Como entrou para a política? 
 Zé da Costa - Entrei na política em 1988, me candidatando a vereador e sendo o mais votado. Repeti a candidatura em 1992 e, em 1996, tentei pela primeira vez o executivo, sem sucesso. No entanto, em 2000, fui eleito prefeito de Fartura, servindo até 2004, e reeleito para um segundo mandato. Acredito que conseguimos trazer satisfação para a população, o que nos permitiu eleger nosso vice-prefeito como sucessor.
Sudoeste do Estado -  O que se comenta nas “ruas” da cidade é que não vai conseguir registrar sua candidatura devido a processos que responde na Justiça. O que tem para esclarecer sobre isso? 
Zé da Costa - Está circulando na cidade um boato de que não conseguirei registrar minha candidatura devido a processos. Quero afirmar categoricamente que, após consultar meus advogados, posso garantir com total confiança e segurança que estou juridicamente e politicamente pronto para registrar minha candidatura. Enquanto alguns podem ter viabilidade política sem a jurídica, eu, Zé da Costa, posso assegurar que nossa candidatura está confirmada e embasada tanto política quanto juridicamente. Não há discussão sobre isso.
Sudoeste do Estado - Quais foram suas maiores conquistas quando foi prefeito de Fartura por 8 anos?   
Zé da Costa - Nos meus oito anos de mandato foram muitas conquistas para a cidade de Fartura, para citar algumas delas estão: Nova UTI para Santa Casa, Selo Turístico para o município, construção de casas populares, casas para moradores em área de risco, centro de lazer do Parque das Flores, distrito industrial, programas sociais entre outras conquistas. 
Sudoeste do Estado - Como espera que o processo eleitoral se conduza?
Zé da Costa - Graças a Deus, na cidade de Fartura, e graças às pessoas que concorreram nas eleições passadas, além do comportamento harmônico do nosso povo respeitoso, nunca tivemos um processo eleitoral agressivo, desequilibrado, inseguro ou perigoso.
 Eu acredito que, mais uma vez, com todos os candidatos que estarão disputando e com o perfil e a postura do nosso povo, teremos um processo eleitoral muito equilibrado, harmônico e respeitoso, fazendo valer a democracia e a liberdade de escolha.
Entendo que a maioria das pessoas da nossa cidade tem bom senso, equilíbrio e respeito, participando do processo político. Afinal, são seres humanos disputando, e todos merecem respeito e dignidade. Como diz o ditado: “Não faça aos outros o que não quer que façam a você. ” Portanto, acredito que será um processo eleitoral normal, equilibrado e harmônico.
Sudoeste do Estado - O que a cidade tem de melhor?
Zé da Costa - Eu acredito que o maior valor de uma cidade está na sua gente. Fartura é habitada por um povo honrado, digno, trabalhador e respeitoso, com uma verdadeira fartura de valores. Isso é de uma importância fundamental. Claro, nossa cidade tem outras potencialidades. Temos um solo fértil e produtivo, além de belezas naturais que são elogiadas por todos. Contamos com uma belíssima serra e um lago artificial incrível, com grande potencial de exploração. 
Nossa cidade também se destaca pela diversidade de atividades econômicas, incluindo pecuária, agricultura e agricultura de precisão. Com todos esses predicados e potenciais, acredito que nossa Fartura tem tudo para ser abundante, frutífera, exitosa e desenvolvida.
Sudoeste do Estado - Caso for eleito, como você vê Fartura no final de 2028?
Zé da Costa - Cada pessoa à frente de qualquer função tem acertos e erros. Nós não nos concentramos em questões de animosidade ou picuinhas políticas. Nosso foco principal deve ser o bem-estar do nosso povo e da nossa cidade. Reconhecemos as realizações positivas, mas também entendemos a necessidade de mudanças. Queremos fazer a diferença e trazer melhorias reais para nossa cidade e para nosso povo.
Tivemos a felicidade de contar com um grande empresário, visionário e experiente, que atua em diversos setores e tem um relacionamento sólido com a classe empresarial. Ele tem um olhar voltado para a geração de empregos e renda, algo fundamental para a nossa cidade. 
Nosso objetivo é priorizar e apoiar os pequenos, médios e grandes empreendedores, apostando na nossa gente. O poder público deve colaborar com a iniciativa privada para impulsionar a empregabilidade. A experiência do Marcão, do Haras, que já criou um distrito industrial gerando quase 200 empregos, mostra o caminho para o desenvolvimento.
Uma cidade sem oportunidades tende a empobrecer, com o povo perdendo poder aquisitivo. Precisamos promover mudanças para evoluir, criar progresso e dinamismo. Isso se faz através de um governo equilibrado, que distribua o orçamento com sabedoria, investindo em educação e no setor social, para formar pessoas mais capacitadas e apoiar os mais vulneráveis. Se eleito, meu compromisso é fazer exatamente isso.
O candidato a vice-prefeito Marcão do Haras também se apresentou nesta edição para seus eleitores 
Sudoeste do Estado - Quem é Marcão do Haras? 
Marcão do Haras - Sou Luiz Marcos de Souza, nascido em Fartura, tenho 51 anos, sou casado com Elisangela Martins de Souza, desde 2002. Temos um único filho que se chama Daniel. Comecei a trabalhar aos 11 anos de idade como servente de pedreiro, aos 15 anos eu já era empreiteiro de obras e tinha colaboradores que trabalhavam para mim. Com 18 anos eu saí de Fartura em busca de melhores condições de trabalho na cidade de São Paulo. Daí em diante, trabalhei em vários setores e atualmente sou diretor de diversas empresas. Tenho amplo conhecimento no setor de administração de empresas, legado das várias empresas que trabalhei ao longo da minha vida profissional. Eu vejo Fartura com um potencial enorme para o crescimento em indústrias, cooperativas e turismo entre outros setores geradores de empregos e renda e estes setores serão o meu foco nestes próximos quatro anos.