A recente reforma tributária traz mudanças significativas para a arrecadação municipal, especialmente para cidades como Fartura. Com a unificação dos tributos no novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), surge uma oportunidade inédita de potencializar as receitas locais sem a necessidade de elevar impostos exclusivamente municipais. Essa transformação abre portas para uma gestão fiscal mais equilibrada e visionária.
Um dos pontos mais promissores é que a reforma permite aos gestores trabalharem com maior tranquilidade no planejamento tributário. Com o aumento da arrecadação proporcionado pelo IBS, o prefeito de Fartura poderá optar por medidas que reduzam a carga tributária da população, criando um ambiente mais atrativo e estimulante para os negócios locais. Reduzir ou até isentar impostos em setores estratégicos pode ser uma ferramenta poderosa para atrair novos investimentos, incentivando o desenvolvimento econômico do município. É prioritário fortalecer o setor de tributos com pessoal e qualificação.
Com planejamento a desoneração da classe comercial e da indústria pode impulsionar a arrecadação sem aumentar impostos. Com menos tributos, empreendedores terão mais capital para expandir seus negócios, gerando empregos e fortalecendo o consumo interno, consumo interno que hoje significa melhor arrecadação. Esse ciclo virtuoso beneficia diretamente as receitas municipais, trazendo para Fartura um período de prosperidade e inovação. É muito importante que mais que ser inteligente, também se tenha uma equipe criativa.
Negligenciar com o setor tributário e de fiscalização do município é pôr a perder qualquer os resultados que a nova ordem tributária disponibilizara aos municípios. A administração municipal precisa alinhar esforços com a Câmara de Vereadores e entidades de interesse econômico local. Criatividade e planejamento estratégico serão fundamentais para transformar as possibilidades trazidas pela reforma em ganhos concretos para a cidade.
Parcerias com o setor privado, políticas públicas bem elaboradas e um diálogo aberto com a comunidade são essenciais para construir um ambiente de crescimento sustentável.
Com um olhar atento e inovador, Fartura tem a oportunidade de se tornar um exemplo de como a reforma tributária pode ser uma aliada no desenvolvimento regional. O impacto positivo na arrecadação municipal pode ser o ponto de partida para grandes transformações econômicas e sociais, garantindo que o dinheiro em Fartura seja, de fato, sinônimo de prosperidade para todos.
Além do impacto direto da reforma tributária na arrecadação municipal, é fundamental explorar estratégias complementares para fortalecer a economia de Fartura. Um dos pilares dessa estratégia é o turismo, que pode ser uma ferramenta poderosa para atrair pessoas de fora do município, gerando consumo local e incrementando a arrecadação. Investir em eventos culturais, feiras e melhorias na infraestrutura turística será essencial para consolidar Fartura como um destino atrativo.
Se antes era uma expectativa, agora deve ser uma missão o fortalecimento do Turismo e o Comércio Local sem esquecer de melhorar o ganho das nossas classes trabalhadoras, devendo os patrimonialistas e rentistas ser direcionados a investir nesse tipo de empreendimento pois eles perderão muito no futuro se Fartura continuar a não avançar.
Outro aspecto relevante é encontrar, em conjunto com o comércio local, soluções para estimular os consumidores a gastarem dentro do município. Agora as compras online beneficiaram o município onde foi realizada a compra, mas ainda há uma fuga significativa de consumo em setores como vestuário, alimentação, peças automotivas e serviços de manutenção, que frequentemente são realizados fora de Fartura. É imperativo diagnosticar esse problema e quebrar esse paradigma com coragem.
Desde meus tempos de vereador se fala que para enfrentar esse desafio, é crucial trabalhar em parceria com comerciantes e empresários locais para criar incentivos que atraiam os consumidores. Redução de preços, promoções sazonais e a melhoria do atendimento ao cliente. Bom, é isso mesmo, porém basta de discurso, temos que enfrentar e praticar com altivez essas condutas, pois será mais uma oportunidade deixada para onde estamos, atrás. Chega de MIMIMI. Tem que restar claro que a solução é a conscientização sobre os benefícios de consumir localmente para fortalecer o próprio comercio local.
No caso da indústria, o milagre está em nós mesmo, muito já foi dito de vir empresas de fora, mas quem nos sustentou até hoje foram os empresários locais, e a eles devem ser oferecidas as primeiras possibilidades de crescimento. Não podemos perder o no hall de quem deu certo para se aventurar no desconhecido. Atentai, progredir, avançar é manter e aumentar também a qualidade de vida de quem aqui está, e não trazer outros e mais problemas sociais.
Na agricultura ainda minha aposta está na diversificação dos produtos oferecidos no município. Lamentavelmente não temos uma cultura cooperativista como temos no Sul do país, o que torna a tarefa mais árdua, e os dois sindicatos de classe há tempos não nos surpreendem com nada inovador, ou renovador.
Mesmo assim nossa agricultora é uma fortaleza, temos o lúpulo, os morangos, as bananas, e outras individuais iniciativas que prosperam quando o poder público não os atrapalha. Um olhar atento a outras iniciativas será de suma importância para complementar o desenvolvimento diversificado de Fartura. Falta o milagre dos pães, pois dos peixes conseguimos.
Aqui deixo um olhar valorizando o Setor de Oleiros de Fartura.
Fartura possui um setor econômico de grande relevância: a fabricação de tijolos cerâmicos de barro. Esse polo de oleiros tem um papel essêncial na economia local, sendo responsável por gerar empregos e movimentar a cadeia produtiva no município. Com a reforma tributária, que estabelece a cobrança de impostos na fonte, surge a necessidade de um trabalho conjunto entre o poder público e os oleiros para maximizar os benefícios dessa atividade para o município. Não bastará inteligência, precisaremos de criatividade para olhar esse setor, pois senão perderemos receita.
Uma das estratégias fundamentais será estimular os oleiros a realizarem vendas diretas aos consumidores finais das cidades vizinhas, preferencialmente emitindo notas fiscais para CPF. Isso porque a venda direta para empresas terceirizadas prestadoras de serviços, vinculadas a CNPJs externos, pode reduzir significativamente o impacto positivo na arrecadação local.
Para isso, o município pode implementar políticas de incentivo, como a redução de custos logísticos ou a criação de feiras e eventos que promovam os produtos dos oleiros diretamente ao consumidor final. Além disso, é importante capacitar os oleiros para que compreendam as novas práticas tributárias e adotem métodos de comercialização que beneficiem a economia de Fartura.
O fortalecimento desse setor é estratégico não apenas para ampliar a arrecadação municipal, mas também para consolidar Fartura como um polo de excelência na produção de tijolos cerâmicos, quem sabe outros produtos diversificados atraindo novos mercados e expandindo suas oportunidades de crescimento.
Como sempre, muito prolixo, vejo que com a reforma tributária passa um novo cavalo arriado que poderá levar Fartura ao progresso que sonhamos! Não foi eu quem subiu na sela! Assim, desejo sucesso ao cavaleiro e torço para o sucesso de minha cidade!
Lauro Rogerio Dognani Agricultor e advogado
- Fartura