Segundo informações colhidas nesta semana o nível do reservatório da represa de Jurumirim estria em 15,10% um dos menores índices registrados recentemente e vem diminuindo a cada dia.
O deputado federal Capitão Augusto (PL) revelou que Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) determinou o aumento da vazão da água da Represa de Jurumirim, com a abertura das comportas e, até mesmo, dos vertedouros. O objetivo seria de abastecer a Usina Hidrelétrica de Itaipu.
“Eu entrei em contato com a ONS e também da CTG e tivemos uma péssima informação. Devido o nível dos reservatórios estarem muito baixo, foi determinada a abertura de todas as comportas de Jurumirim, Chavantes e Capivara, que é para abastecer a Usina Hidrelétrica de Itaipu”, disse.
De acordo com o parlamentar a vazão está hoje entre 100 e 140 m³ por segundo, passará para 900 m³ por segundo, ou seja, oito vezes maior. “Para terem uma ideia, a vazão estava de 100 m³ a 140 m³ por segundo, a partir de hoje vai passar para 900 m³ por segundo. A ordem é mandar agua lá para baixo, na Itaipu, pela crise elétrica”, explica.
Ele afirma ainda que está em contato direto com Brasília, para que essa decisão seja reavaliada. “Estou fazendo contato com Brasília e vou tentar reverter alguma coisa disso, porque vai ficar pior do que já está, com essa autorização que é para abrir até os vertedouros. Imaginem só se a vazão estava a 100 m³ por segundo e o nível estava baixo, imaginem agora com a determinação de abertura de 900 m³ por segundo”, destaca.
Capitão Augusto ainda recomenda que as prefeituras das cidades que são banhadas pela represa devam elaborar um documento solicitando providências para que a determinação não seja cumprida e encaminhem ao Ministério Público e para o Poder Judiciário.
“Sugiro que os departamentos jurídicos das prefeituras e das empresas, para fazer um documento para o Ministério Público e para o Judiciário, para que seja proibida essa abertura dessa vazão desse porte, porque isso vai acabar com nossa fauna, flora, os rios, e os peixes que estão subindo para desovar. Acredito que judicialmente a gente conseguiria segurar isso, mas é necessário que os departamentos jurídicos das prefeituras façam esse documento e me encaminhem para que possamos tomar uma atitude sobre esse caso”, sugere o deputado.
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