Está marcada para às 13 horas desta sexta-feira (11), a sessão extraordinária que votará o pedido de cassação do presidente da Câmara de Fartura, o vereador Fernando Emílio Bertoni, o popular Pitukinha.
No começo de agosto foi aberto uma Comissão Processante (CP) mediante denúncia de quebra de decoro parlamentar, apresentada pelo munícipe Evandro Duarte. A denúncia foi fundamentada no Decreto Lei 201/1967 do Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, no Regimento Interno e Constituição Federal. A CP foi formada pelos vereadores Henrique Abuchain (presidente), Anderson Lima (relator) e Décio Martins (membro).
Durante entrevista na quarta-feira (9) ao Jornal Nova Voz, o vereador Anderson informou que o relatório apresentado por ele foi aprovado pela CP e o conteúdo foi técnico, sem levar para o lado político.
“Eu não sou advogado, mas levei para o meu irmão que é advogado em Fartura e está em São Paulo, e junto com outros advogados associados do escritório fizemos um relatório muito técnico”, ressaltou Anderson que complementou, “a população pode pensar que isso foi um caso particular, porém a vida particular de uma pessoa pública que exerce um cargo vai até aonde? Vida particular deve ficar entre quatro paredes, daí quando se torna público para a cidade e região, até jornais escritos e falados noticiaram, houve prisão, arma, ameaças ao prefeito e a uma vereadora, então até que ponto está certo?”.
Como estão envolvidos os vereadores Fernando Pitukinha e Nathália Geraldo, a Câmara Municipal convocou mais uma vez os suplentes Antonio Donizeti da Silva, o Mulinha (segundo suplente do PTB) e Conrado Benatto (primeiro suplente do PSDB) para participarem da sessão, como ocorreu na sessão que acatou a denúncia. O presidente da sessão será o vereador João Buranello e o secretário será o vereador Décio Martins. Para cassar o presidente da câmara é necessário a aprovação de dois terços dos membros do Legislativo (seis votos favoráveis).
Vale destacar que o pedido de cassação por quebra de decoro parlamentar está baseado em um inquérito policial que Pitukinha responde por porte ilegal de arma de fogo, ameaça e violência doméstica (Maria da Penha) contra sua ex-companheira e vereadora Nathália. No inquérito consta que o prefeito Luciano Filé também foi ameaçado. A atitude intempestiva de Pitukinha foi motivada por uma mensagem de celular. Ele chegou a ficar preso por um dia e foi solto após pagar fiança. Pitukinha também responde criminalmente na Justiça pelas acusações.
- Fartura