O corpo da Aylla Manuella Ribeiro da Piedade, de 4 anos, que morreu após ser atingida por uma bomba dentro da casa dela, em Barretos (SP), vai ser enterrado em na Vila de Jabaroca, em Primavera (PA), cidade natal da família.
O velório ocorreu no Centro Comunitário de Barretos na manhã desta segunda-feira (27). Depois, o corpo foi levado de avião até o Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), de onde partirá para o Norte do país.
LEIA TAMBÉM:
A explosão aconteceu no final da tarde do sábado (25), enquanto a menina dormia em um quarto da casa, na Avenida Amador Alves de Queiroz, na Vila Gomes, segundo informações da Polícia Civil.
A suspeita é que o artefato passou por cima do muro da casa e entrou no quarto, onde foi parar no colchão em que a criança estava.
Em vídeo, registrado por câmeras de segurança de um vizinho, é possível ver, momentos antes, um jovem arremessando um objeto do meio da rua, cercado por outros menores.
Depois da explosão, moradores saem desesperados do interior da casa, tentando entender o que havia acontecido. Em um dos momentos, é possível Aylla desacordada no colo de um deles.
Ela foi levada para a Santa Casa da cidade, onde chegou a ficar internada, mas morreu por volta das 2h55 deste domingo.
Suspeito deve se apresentar até sexta
Segundo a delegada Juliana da Silva Paiva, do 3º Distrito Policial de Barretos, o adolescente de 14 anos, que aparece nas imagens jogando a bomba na casa de Aylla, foi identificado.
No domingo, a mãe dele foi ouvida na delegacia e se comprometeu a apresentar o menino até sexta-feira (31), com a presença de advogados.
De acordo com o boletim de ocorrência, após a morte da menina, um grupo de 30 moradores incendiou a casa do suspeito, localizada no Jardim Oriente, por volta das 5h30 do domingo.
O imóvel, ainda de acordo com o registro policial, teve danos de grande proporção, mas não há informações de feridos.
“Já instauramos inquérito policial aqui no 3º DP para avaliar o que ocorreu, se tem realmente relação com a morte da criança, se seria uma vingança ou linchamento e vamos escutar todos os envolvidos”, explicou a delegada.