Já a outra denúncia apresentada por três servidoras, que acusam o prefeito de assédio moral e abuso de poder, resultou na abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
Na última segunda-feira (1º de abril), os vereadores de Fartura arquivaram uma denúncia, contra o prefeito Luciano Filé, sobre áudios vazados com agressões verbais proferidas pelo chefe do Executivo a sua ex-companheira.
Protocolada por uma munícipe, a denúncia que pedia a cassação do prefeito por falta de decoro recebeu quatro votos favoráveis (Antônio Donizete Mulinha, Anderson Lima, Bruno Guazzelli e Marquinho Baiano) e quatro votos contrários (João Buranello, Henrique Abuchain, Conrado Benatto e Decinho Martins). Para ser aprovada, o pedido necessitava de cinco votos.
Vale destacar que o vereador Filipe Dognani não esteve presente na sessão por motivos de saúde.
Durante as discussões, os edis que votaram favorável a denúncia, alegaram que o prefeito havia cometido crime nos áudios vazados e que a forma como se dirigiu a sua ex-companheira não é condizente a um chefe do Executivo. Os vereadores que votaram contra a denúncia disseram que que era algo pessoal e que o ato não envolvia a administração pública.
O plenário da Câmara estava lotado e muitos munícipes protestaram contra a decisão do Legislativo.
Já a outra denúncia apresentada por três servidoras públicas, também contra o prefeito, de assédio moral e abuso de poder foi aceita pela Casa de Leis, pois pelo direito das minorias, necessitava somente do apoio de três parlamentares. Os vereadores Anderson Lima, Filipe Dognani e Bruno Guazzelli assinaram o pedido de investigação.
Com a denúncia acatada, foi aberto uma Comissão Processante de Inquérito (CPI) para investigar as acusações contra o prefeito Luciano Filé. A Comissão é formada por Anderson Lima (presidente), Filipe Dognani (relator) e Henrique Abuchain (membro).
Agora a Comissão tem 60 dias para ouvir testemunhas, apurar informações e produzir um relatório que será submetido a votação. Caso a denúncia fique constatada e receba os votos suficientes (2/3 da Casa), o relatório será enviado ao Ministério Público para que seja tomada as devidas providências.
- Fartura