Conquista do município é vitória para saúde coletiva e para o Meio Ambiente
Numa vitória histórica para a saúde coletiva, a Prefeitura da Estância Turística de Avaré, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, obteve a retirada de aproximadamente 400 toneladas de amianto que foram abandonadas pela empresa Auco Componentes Automobilísticos.
O resíduo da fibra que pode causar câncer estava em um imóvel às margens da SP-255 (Rodovia João Mellão), sem destinação correta, desde que a firma encerrou as atividades nos anos 2000, representando risco para a população avareense.
“Além da remoção do material, foi feito o rescaldo no local e a lavagem do barracão para eliminar qualquer resíduo. Encerrou-se o caso amianto em Avaré. E com custo zero para os cofres públicos”, afirma o secretário Judésio Borges.
Proibido no Brasil desde 2017, o amianto também é um risco para a natureza por se tratar de um poluente que não sofre degradação.
Ação em conjunto
O material foi encaminhado para o Centro de Gerenciamento de Resíduos de Guatapará (SP), órgão autorizado a receber e acondicionar resíduos contendo amianto.
O trabalho contou com o trabalho do Departamento Jurídico do Executivo, que conseguiu retomar a área da antiga Auco/Metal Arte, onde o material estava depositado.
Por meio de comodato entre a empresa JC Prestação de Serviços LTDA e a Secretaria Municipal de Indústria e Comércio, a retirada do material que contaminava o espaço há décadas foi concluída no dia 2 de maio.
A remoção foi acompanhada pelo Meio Ambiente com o apoio da Secretaria Municipal de Serviços.
“Desta forma, uma grande problemática ambiental da cidade foi resolvida, abrindo oportunidade para a instalação da empresa citada na área localizada na Avenida Giovani Begnozzi, nº 465, no Distrito Industrial Primavera”, afirma o município.
Com previsão de grande investimento, o novo empreendimento vai gerar dezenas de empregos em Avaré. Os trabalhos para adequação do imóvel já foram iniciados.
Saiba mais
O amianto é uma fibra de origem mineral. Apesar de possuir características valiosas para a indústria, o material pode causar doenças graves como câncer de pulmão, laringe e asbestose. Isso porque são liberados fragmentos respiráveis durante sua manipulação.
O uso do amianto era permitido até 2017, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional um artigo da Lei n° 9.055 de 1995, proibindo a utilização do mineral no Brasil.
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