Hoje, 30 de junho, é o último dia para participar da consulta pública sobre a incorporação de medicamentos para o tratamento da obesidade no SUS. O foco é a inclusão da semaglutida (Wegovy) para pacientes com obesidade e histórico de doença cardiovascular, segundo Julio Cezar Benatto, vice-presidente do INDB (INSTITUTO NACIONAL DIABÉTICOS DO BRASIL). A consulta também abrange a liraglutida (Saxenda) para pacientes com obesidade e diabetes tipo 2.
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), vinculada ao Ministério da Saúde, iniciou uma consulta pública para ouvir a opinião da sociedade sobre a possível inclusão da semaglutida na lista de medicamentos disponibilizados pelo SUS. Este composto, utilizado no tratamento da diabetes tipo 2 e da obesidade, é o principal componente dos medicamentos Ozempic e Wegovy.
A iniciativa aborda a disponibilização sem custo do tratamento com semaglutida na dosagem de 2,4 mg, a composição do Wegovy, para indivíduos que apresentam obesidade de grau II e III, sem diagnóstico de diabetes, a partir dos 45 anos e que já tenham histórico de doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral (AVC). A população tem até o dia 30 de junho para compartilhar suas experiências e avaliações por meio de um formulário virtual.
Caso seja aceito, este será o primeiro medicamento para a doença acessível na rede pública. No momento, o SUS oferece apenas intervenções como dicas de alimentação, estímulo à prática de exercícios físicos, suporte psicológico e, em situações específicas, cirurgia bariátrica.
Primeira opinião - De acordo com a avaliação submetida à Conitec pela empresa farmacêutica Novo Nordisk, o investimento anual por paciente ficaria em R$ 34 mil, com um tratamento previsto de dois anos. Dessa forma, o total de despesas para o SUS ao longo de cinco anos variaria entre R$ 3,4 bilhões e R$ 3,9 bilhões.
A Conitec, por sua vez, analisou que os valores envolvidos seriam distintos. Levando em conta que a obesidade é uma condição crônica e que a semaglutida seria administrada de maneira contínua, o comitê estimou que o custo por paciente alcançaria R$ 300 mil, totalizando até R$ 7 bilhões em um período de cinco anos.
Em virtude desses dados, a comissão optou, durante uma reunião em maio, por sugerir de maneira inicial que a semaglutida não fosse adicionada ao SUS. Agora, será a oportunidade de pacientes, profissionais de saúde, gestores e a comunidade em geral.
E para as pessoas participar dessa consulta publica deve entra site, lembrando que são 2 link diferentes.
https://www.gov.br/participamaisbrasil/consulta-publica-conitec-sectics-n-46-2025-liraglutida
https://www.gov.br/participamaisbrasil/consulta-publica-conitec-sectics-n-47-2025-semaglutida