Elaine Regina Domingues Santos, de 40 anos, corria com o marido na Avenida Nuno de Assis, em Bauru (SP), quando aconteceu o incidente. Supermercado Tenda Atacado disse que apura o ocorrido.
O marido da mulher que morreu depois de receber uma descarga elétrica ao encostar no alambrado de um supermercado enquanto corria pela Avenida Nuno de Assis, em Bauru (SP), na terça-feira (20), ainda tenta se recuperar da tragédia.
Ao g1, Kleber Santos lembrou que fazia uma corrida de rua ao lado da esposa, Elaine Regina Domingues Santos, de 40 anos, quando ela parou e encostou na cerca do Tenda Atacado, que estaria eletrizada. As causas do incidente são investigadas pela Polícia Civil. Não há informações sobre a voltagem da cerca.
O supermercado Tenda disse que lamenta o ocorrido e informou que a mulher teria passado mal no estacionamento da unidade. O supermercado diz ainda que a "empresa abriu uma investigação para apurar todos os detalhes. A rede e seus colaboradores se solidarizam com a dor da família diante desta perda irreparável".
O casal, que estava junto havia 22 anos, é natural de Dois Córregos (SP) e tem um filho de 18 anos. Segundo o Kleber, eles praticavam esportes constantemente, inclusive a corrida.
"Eu estava com ela, tenho a lembrança viva na minha memória, é uma coisa que jamais vou esquecer. Ela morreu nos meus braços. A cena fica se repetindo na minha cabeça. É uma sensação horrível", lamenta.
"A corrida entrou na nossa vida em 2017, porque era um momento em que estávamos preocupados com a saúde. A gente entrou em uma academia de treino funcional, onde o professor que praticava corrida nos apresentou para uma equipe, e nos apaixonamos de vez pelo esporte", relembra.
Kleber contou que, por ser próximo de onde moravam, eles passavam pelo local onde aconteceu o incidente com frequência para treinar corrida. Inclusive, um dos sonhos do casal, segundo ele, era correr uma maratona completa de 42 quilômetros.
"O nosso maior sonho era ver o filho encaminhado, se formando na faculdade, com a profissão definida. Além disso, toda corrida que a gente praticava guardávamos o número do peito para montar um mosaico em um quarto", expõe.
Kleber escolheu as palavras cumplicidade, carinho e amor para definir a relação que possuía com Elaine. Isso porque eles faziam todas as atividades das quais gostavam juntos.
"Ela tinha sempre um sorriso estampado no rosto. Agora, fica o sentimento de saudade, do vazio. Ainda não assimilei as mudanças que isso vai causar na nossa vida. Fica o sentimento de querer esclarecer o porquê daquela cerca estar eletrizada", pontua.
Após o incidente, Elaine chegou a ser levada pelo marido até um hospital particular, mas não resistiu aos ferimentos.
Informações: g1 Bauru e Marília